O medo de que falei no número anterior também é anestesiado pela vida colectiva. Efectivamente, a vida colectiva faz com que os seres humanos possam, em conjunto, combatê-lo melhor. As formas colectivas de vida contribuem para reduzir a ameaça, o acaso e o medo da morte. Mas, ao mesmo tempo, impõem-nos servidões, outros tipos de medo, regras, formatam-nos desde que nascemos em inúmeros processos de condicionamento. Somos indivíduos sempre prisioneiros do social. A sociedade habita-nos mesmo quando nos isolamos. E só nos podemos isolar socialmente. As rosas de Fontenelle são, afinal, sempre sociais.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
05 março 2012
Apóstolos da rosa de Fontenelle (6)
O medo de que falei no número anterior também é anestesiado pela vida colectiva. Efectivamente, a vida colectiva faz com que os seres humanos possam, em conjunto, combatê-lo melhor. As formas colectivas de vida contribuem para reduzir a ameaça, o acaso e o medo da morte. Mas, ao mesmo tempo, impõem-nos servidões, outros tipos de medo, regras, formatam-nos desde que nascemos em inúmeros processos de condicionamento. Somos indivíduos sempre prisioneiros do social. A sociedade habita-nos mesmo quando nos isolamos. E só nos podemos isolar socialmente. As rosas de Fontenelle são, afinal, sempre sociais.
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
De certeza que conhece como a vida é nas famílias alargadas.
ResponderEliminarMuitas vezes é asfixiante com montes de gente a querer viver à nossa custa...
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