Mais um pouco da série.
2. Os temas da frente crítica (continuidade do ponto). A corrupção é um tema recurrente na paisagem política do país. O que os artífices do que chamo frente crítica põem em questão não é - creio - o enriquecimento em si (já agora: a legimitidade do enriquecimento é diariamente promovida pelas igrejas neopentecostais milagreiro-salvacionistas do tipo IURD e Maná), não é que os Moçambicanos vivam melhor ou bem, mas, por um lado, que o enriquecimento se faça via acumulação ostensiva através do Estado e, por outro, que essa acumulação seja também motivo para uma exposição ostensiva de bem-estar em meio a um povo pobre. Recorde-se o discurso de Samora Machel em 1974 aqui e a referência de Graça Machel às mãos limpas aqui.
(continua)
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