Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
18 maio 2010
Os desmaios femininos na Quisse Mavota (2)
12 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Pois é, nada de pânico. É preciso que evacuar mais psocólogos lá, no terreno, para dar assistência moral às vítimas e não só.
ResponderEliminarÉ uma notícia que me preocupa desde que a RM noticiou no passado domingo. Infelizmente, ainda não consegui ouvir as declarações do goveno na pessoa do Ministro da Saúde Dr. Ivo Garrido.
Zicomo
Na minha opinião, cada um tem o direito de praticar o curandeirismo ou depender dele, querendo. Mas aceitemos que esse mesmo curandeirismo é tipo religião e o nosso Estado é laico.
ResponderEliminarPor outro lado, acredito que o curandeirismo cria problemas de preguica. Só para vermos, os curandeiros, já sabem as causas, não duvidam nem precisam de investigar. Na minha opinião, curandeirismo devia afastar-se das instituicões públicas.
Pois e..."Vovo Disse"
ResponderEliminarO pior e que os psicologos e antropologos tambem comecaram institivamente a dormir DE LUZES ACESAS!...
O problema e cultural. Esta na genese do nosso EU africano.
Magister Dixit
Antes do psicologo e do curandeiro, há que observar as causas fisicas. Será que as moças não andam anemicas, nao tinham fome na altura dos desmaios, não andaram muito tempo ao sol, nao estavam com sede, saiam da aula de Educacao fisica? Há que ver tudo isto antes de ver fenomenos "ocultos".
ResponderEliminarMF
MF,
ResponderEliminar1. todas as 20 alunas são anémicas?
2. So na Quisse Mavota é que ha alunas anémicas?
3. Será possivel que as 20 familias tenham mandado os seus filhos sem os alimentar?
As suas teses são bastante frageis.
Ilustres,
somos africanos e não é atoa que anualmente realiza-se o Gwazamuthine. Recordo-me que anualmente morriam pessoas na epoca do Gwazamuthine.
Leonilde
Se a gente continuar a envocar os antepassados como os reais causadores destes desmaios nãonão chegaremos a lugar nenhum. É melhor esperar que comissão investigadora dê a conhecer o seu reatório a respeito do mesmo.
ResponderEliminarP.S. Seria bom se esses espiritos em vez de causarem terror e pânico nos ajudassem a sair da pobreza, nos mostrando onde se encontram escondidos os tesouros perdidos nos séculos passados.
Estimada Senhora Leonilde,
ResponderEliminarSe leu bem, o que escrevi foram apenas hipoteses que podem ser estudadas, antes de se avançarem conclusões, como alguns já o fizeram neste blog e noutros sitios.
Se tem outras acho bem que as coloque. Agora dizer/se que é coisa de "ser africanos" essa cola ainda menos. Eu sou africano e muitos e muitas outras são africanas e não andam para ai a desmaiar à toa.
Acho que se podem colocar outras hipoteses que sejam passiveis de ser estudadas.
Cumprimentos,
MF
De facto... Como pode o espírito do meu pai ou da minha mãe me prejudicar, se eles sempre em vida me quiseram bem?????
ResponderEliminarPorque temos que pensar que os espíritos dos nossos antepassados nos querem mal? Se esse nos querem assim, que será os outros que não são nossos?
Um abraço!
MF
Tidas essas interpretacoes medicas, tradicionais e psicologas, e tempo para esperarmos pelo relatorio conjunto da comissao afecta para o estudo do caso. Nao e normal, porque so nessa escola, e serio mesmo! Maos a obra meus irmaos intelectuais.
ResponderEliminarcompanheiros,
ResponderEliminareu sou africano, moçambicano, natural de tete! mas não ando nessa de "nós, os africanos" e deve ser por isso que não ando a desmaiar. nem as minhas filhas desmaiam.
e aposto, se eu visse lá perto desse quisse mavota, despachava para lá o meu par de filhas a ver se iriam desmaiar. qual espírito, qual quê! estudem e deixem-se de sobrenaturalismos gratuitos!
pedro vítor
Acho que se deve destacar uma equipa multidisciplinar (sociologos, psicologos, antropologos, historiadores e um membro da AMETRAMO) ao inves de procurarmos causas rapidas para explicar um acontecimento (causas a la mutola).
ResponderEliminarObrigado
Rildo Rafael
Sobre QUISSE MAVOTA e outras ocasiões similares,tenho lido e ouvido o "argumento" mágico e universal: NÓS SOMOS AFRICANOS! Se o termo "africanos" for um acrónimo que deriva de:
ResponderEliminarA de atrasado
F de fanático
R de retrógrado
I de imbecil
C de corrupto
A de atrevido
N de néscio
O de otário
S de supersticioso,
então recuso-me a ser esse africano.
Domingos Tuto