Outros elos pessoais

24 novembro 2009

Racismo sem raça

Há dias, cerca de quatro mil imigrantes, na maioria Zimbabweanos, ficaram sem abrigo a 140 quilómetros da cidade do Cabo, depois que foram atacados por Sul-Africanos localmente residentes. Por que foram atacados? Segundo uma fonte policial, porque os Sul-africanos os acusaram de lhes roubar os empregos.
Um quadro clássico em qualquer parte do mundo, uma causa não menos classicamente causal, uma reivindicação xenófoba, um exercício de racismo social sem raça. Há tempos, milhares de compatriotas nossos foram atacados na África do Sul e tiveram de regressar ao país.
Racismo sem raça? Sim, é possível. Lá onde se disputam recursos de vida e/ou de poder, não importa onde nem quando, surge de imediato a intolerância, a construção negativa e diabolizada do Outro. As causas não são causas reais, mas causas estratégicas, de luta, causas da luta pelo monopólio de recursos. Isso não carece de uma cor específica, de características somáticas. Nem de uma etnia. O racismo está na alma social em luta. Lutar contra ele exige múltiplas e profundas medidas de vários tipos.
Adenda: recorde a minha série em sete números com o título Os riscos do efeito borboleta social na África Austral, aqui; veja um dossier do “Notícias” sobre xenofobia na África do Sul, aqui; no próximo ano farei sair um livro que abordará o tema em Moçambique; recorde Serra, Carlos (dir), Racismo, etnicidade e poder - um estudo em cinco cidades de Moçambique. Maputo: Livraria Universitária, 2000.

36 comentários:

  1. Não sei mesmo se os Moçambicanos entendem estas coisas - a xenofobia dos Sul-Africanos exercida sobre os seus compatriotas que lá trabalham.

    Quem viu e sentiu a expulsão dos seus de Moçambique, nomeadamente com o 24/20, tristemente famoso, sabe e sente o que os imigrantes também o sentem, na pele...

    Dizem que o mundo é redondo, e eu acredito.

    E, temo, creio, que é apenas o princípio.

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  2. Claro que o mundo é redondo UmBhalane!E como é redondo...

    Mas sabe.... determinadas emoções, tristezas, desilusões, agressões e por aí adiante só as compreendemos quando as sentimos na pele.

    Tenho para mim que o pior racismo que existe é exactamente o racismo da intolerância

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  3. Este fenomeno e tudo que esta a acontecer com os imigrantes na Africa do Sul tem a cumplicidade dos lideres da regiao. Eles e que permitiram que o Zimbabwe chega-se ao ponto em que esta fazendo com que milhares de Zimbabweanos fossem para a A. Sul e outros paises da regiao. Estes lideres, depois de muito encorajarem Mugabe vieram com a formula do governo de unidade nacional que eles proprios nao implementam nos seus paises. Perguntem ao Edson Macuacua se acha boa a ideia de termos um GUN em Mocambique. So ha GUN quando o partido no poder perde. Ai esta a consequencia

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  4. Concordo plenamente com o comentário anterior.
    No entanto, gostaria de acrescentar que, nao podemos esperar dos outros o que nao estamos dispostos a oferecer-lhes em troca em nossa casa ou terra, por isso, nao va para um pais estrangeiro onde lhe abrem as portas e lhe oferecem muitas vezes o que nao tens direito na tua propria terra, depois quando se passa o contrario, poe-se todo o genero de dificuldade e intolerancia para com os cidadaos do pais que nos acolheu...
    Penso que e algo no qual deveriamos de meditar.
    Talvez o mundo nao devesse de ter fronteiras.
    Maria Helena

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  5. Prof

    Essa noticia pareceu-me muito 'cozinhada'...

    Quatro mil zimbabweanos é muita gente para que não desse nas vistas... Não conheço mais do que 2 ou 3 órgãos de informação que tenham reportado sobre o assunto...

    De qualquer forma, já é tempo dos lideres africanos começarem a levar a sério o assunto 'Xenofobia", sob pena do fenomeno se espalhar por todo o continente.
    Ja imaginaram se nós nos pusessemos a expulsar todos os estrangeiros que aqui vivem? Seria o Caos...

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  6. Obrigado pelo reparo.
    http://noticias.sapo.ao/info/artigo/1031312.html
    http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/173037.html
    http://www.opais.co.mz/opais/index.php?option=com_content&view=article&id=3246:eclodem-novos-ataques-xenofobos-na-africa-do-sul&catid=45:sociedade&Itemid=176
    http://www.scoop.co.nz/stories/WO0911/S00707.htm
    http://www.unhcr.org/4b06744f9.html
    http://allafrica.com/stories/200911200902.html

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  7. Caro Sr. 1º Anónimo - 24/11/09 1:05 PM

    Queira notar que não são alguns milhares!!!

    Estima-se entre 3,5 MILHÕES a 4,5 MILHÕES de refugiados, expatriados, só do Zimbabué / Mugabe /ZANU.

    Isto apenas na RSA!!!

    E fogem, incompreensivelmente, do enorme desenvolvimento do Zimbabué, do sucesso do seu grande líder Robert Mugabe, das superiores orientações do partido revolucionário de massas, a ZANU.

    Mas são apenas contra-revolucionários, reaccionários, com a mente deturpada pelas ideias burguesas, capitalistas...

    Não estão identificados com o Povo, que ainda desconseguiu fugir...

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  8. Francamente, UmBhalane foi muito longe com as suas comparaöes. Se ainda està com dores do 24/20, essa näo é a ocasiäo para manifestar isso.
    Mesmo se pior, a xenofobia dos sul africanos näo deve ser comparada aos acontecimentos ligados ao 24/20, säo duas tristezas com historias muito diferentes.

    Justo

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  9. Pois é Sr. Justo, pimenta nos outros, em mim é refresco.

    É antigo esse dito.

    Em 06/07/1979, altura em que eu vim, já tinha passado o 24/20, mas assisti, nomeadamente no BNU, o enxovalhamento público de uma família Goesa...e outros, apelidados de comerciantes de nacionalidades.

    Senti pela proximidade muito directa, o drama de muita, muita gente...

    E, por isso, compreendo o que sentem as vítimas, da TAMBÉM xenofobia, na RSA.

    A história é a memória dos Povos.

    Eu tenho memória.

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  10. Não sei porquê, mas parece-me ser já um ciclo vicioso que certas pessoas tem em analisar a expulsão de imigrantes zimbabweanos com a governação de Mugabe ou da ZANU. Deixam-me muito conturgado este tipo de análise, como se Mugabe fosse realmente o único culpado da situação zimbabweana. Garanto que a culpa dele, Mugabe, em relação áqueles que destruiram o país ao longo da História; Mugabe é, como já disse, apenas um santo demónio!

    É curiso que não são apenas os zimbabeanos expulsos da África do Sul, temos casos de patrícios nossos, angolanso, zambianos, malawianos, nigeiranos, tanzanianos, congoleses, etc. Será que a emigração que acontece no mundo todo é sinónimo de má governação? Será que a emigração é sinónimo de pobreza? Eu não creio. Os portugueses são expulsos quase que diariamente do Canadá, como os Cabo-Verdianos (e não só)de Portugal.

    Há que perceber sociologicamente as causas, infelizmente ainda não sou um sociologo para terceber este fenómeno. Os que o são me ajudaram a perceber. Uma coisa, porém, estou certo que mesmo antes da situação zimbabweana estar como está - nem está tão pior assim como pintam - muitos zimbabweanos já emigravam e, alguns era expulsos de Tete, quase que diariamente.

    As cimeiras dos chefes de Estado e dos Governos, que saiba, só não discutem três coisas: a corrupção, a xenofobia incluindo o racismo e a questão da vitalidade do poder. Dirão aloguns, mas então o Viriato está a contradizer-se? Não, sou apiop a continuidade de Mugabe no poder por razões que já escrevi. Não concordo que o país caia de novo nas mãos da Inglaterra. O Morgani terá de provar ao povo zimbabweano que não é um "agente" de forças estranheiras.

    Ora, também não vejo motivos para comparar 24/20 da impulsão de imigrantes na RAS. Não sei donde veio esta inspiração. Sou pequeno de idade mas por aquilo que tendo estado a ler de diferças fontes, nada me leva a comparar estas duas realidades, infelizmente com consequências lamentáveis.

    Zicomo kwambiri, obrigado.

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  11. Sem querer meter achas na fogueira, creio que a comparação serve.

    Quer num caso, como noutro, a XENOFOBIA é que estava em causa.

    Eram expulsas pessoas de Moçambique acusadas de variadíssimas coisas, que não tinham enquadramento jurídico.

    A serem verídicas as acusações (sabotagem, racismo, contra-revolução, etc.) essas pessoas teriam sido duramente condenadas. Enfatizo, duramente (fuziladas, 24 anos de cadeia, etc.).

    Como mostra a Ordem de Acção nr.05/08.

    Mas não foram. Eram sumariamente expulsas sem julgamento, porque eram pessoas de côr diferente da negra ou por serem de nacionalidade portuguesa principalmente. Ou então, por motivo nenhum. Bastava alguém ter poder para exercê-lo revolucionariamente.

    Foi um período negro da nossa história. Deveríamos conhecê-la melhor para evitar a repetição dos mesmos erros.

    Mas a história é sempre contada pelos vencedores...

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  12. Correcção, quiz dizer...

    Ordem de Acção nr.05/80 do Ministério da Segurança.

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  13. "Ministério da Segurança

    Ordem de Acção nº 5/80

    De: DI
    Para: DB e Chefe da BO

    No espírito dos costumes, usos e tradições da luta armada de libertação nacional, o Comité Político Permanente da Frelimo julgou e condenou à morte por fuzilamento os seguintes traidores do povo e da causa nacional, que já foram executados:

    Uria Simango
    Lázaro Nkavandame
    Júlio Razão Nihia
    Mateus Ngwengere
    Joana Simeão
    Paulo Gumane

    De forma a prevenir possíveis reacções negativas, internas ou internacionais que possam surgir em consequência da execução desses contra-revolucionários, o Comité Político Permanente decidiu publicar este acto como uma decisão revolucionária do partido Frelimo, e não como um acto jurídico.

    É, portanto, necessário compilar um dossier declarando a completa história criminal desses indivíduos, bem como suas confissões aos elementos da DD/SI que os interrogaram, declarações de testemunhas, autos de processo e sentença.

    Para além desse dossier, deve-se fazer um comunicado que será lido pelo camarada Comandante-em-Chefe onde ele anunciará a execução dos acima mencionados contra-revolucionários.

    Foi decidido nomear um Comité para compilar o dossier e preparar o comunicado. O camarada Comandante-em-Chefe decidiu que o acima mencionado Comité será encabeçado pelo camarada Sérgio Vieira, e terá como membros adicionais os camaradas Óscar Monteiro, José Júlio de Andrade, Matias Xavier e Jorge Costa.

    A luta continua

    Maputo, 29/7/80
    O Ministro da Segurança
    Jacinto Veloso"

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  14. Prefiro nao recordar esse periodo negro da historia de Mocambique. Era muito garota, mas recordo-me do 24/20, os meus Pais falavam muito abertamente sobre tudo o que se vivia no pais. Vi partir muita gente amiga, conhecida, familiares, etc. tambem soube de caso de pessoas que desapareceram, cujas familias ate hoje nao sabem do seu paradeiro, outras ate foram fuziladas e outras pereceram na cadeia ou tiveram de cumprir penas muito elevadas.
    Acho que tudo isto faz parte da nossa historia, os momentos bons e os momentos maus... Sabem, e bom recordar, para nao voltarmos jamais a repetir os mesmos erros.
    Qualquer forma de discriminacao, seja xenofoba ou outra, deve ser condenada por todos os que acreditam que o mundo nao deveria de ter fronteiras e que cada um de nos tem as mesmas necessidades e todos sonhamos com uma vida melhor.
    Maria Helena

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  15. Sr. umBhalane, a minha reacçäo surge por eu perceber que para si os que estäo a sofer directamente o fenomeno da xenofobia estäo, de uma forma, a pagar o 24/20. Pessoalmente näo concordo com essa maneira de ver essa situaçäo.
    As vítimas da xenofobia, pelo que tenho acompanhado, säo acusadas de “roubo do emprego e supostamente das mulheres dos natives sul africanos”. Em contra partida, as vítimas do 24/20 estavam ligadas, directa ou indirectamente à um grande crime contra a humanidade, o desvio do curso histórico de um país, acompanhado por detalhes sem espaço disponível para enumerí-las aqui.

    A colonizaçäo portuguesa em Moçambique foi um acontecimento triste que preferimos o recordar com alegria para o bem das relacçöes actuais e futuras.
    Eu näo ousaria olhar de uma forma equitativa à essas duas tristes realidades, é como se o senhor reduzisse à zero os quase 500 anos da colonizaçäo portuguesa que os moçambicanos sofreram.

    Näo gostaria nunca que Portugal sofresse o que fez à Moçambique.
    Nada de comparaçöes injustas.

    Ricardo, os dados que trazes säo aplausíveis mas näo servem nesse contexto. Säo uma verdade separada do 24/20, näo achas?
    Meus senhores, näo sei se vale à pena usarmos a inteligência para defendermos a pouca analise que fizemos à assuntos sérios.

    Justo

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  16. Bem, agora me calo mesmo. Xenofobia e a lei 24/20 são a mesma coisa. Não sabia. Não sabia mesmo. É das coisas que o homem na sua eterna ingnorancia vai aprendendo a descobrir coisas...O que eu sei e defendo é que, aliás, a xenofobia é motivada por causas que em nada tem a ver com a aludida lei, que surge num contexto diferente, embora o fim pode parecer igual. Esta coisa de ridicularizar conceitos, uma herança que Camões nos deixou, prega-nos às vezes ratoeiras. Este é um deles. Bem dizia o outro, para um bom entendedor, meia palavra basta.

    Zicomo kwambiri, eu disse, muito obrigado

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  17. Senhores, cuidado, é por isto que o UmBhalane se esforça por desviar o estágio da Selecção Portuguesa para Angola...

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  18. Sr. Justo

    Os meus melhores cumprimentos.

    Mesmo em assuntos polémicos, dolorosos, é inútil usar crispações, rancores, ódios, frustrações, …gosto de usar expressões fortes, vincadas.

    E não estou a acusá-lo (insinuar) de nada disso, que fique desde já, muito claro.
    Esqueci também, da vitimização.

    Podemos analisar, falar tranquilamente, podemos mesmo.
    O sr. Justo diz: “a minha reacçäo surge por eu perceber que…”

    Das duas uma – ou eu escrevi mal, ou realmente o Sr. percebeu mal – afinal somos humanos, e errar é humano.

    E vamos deixar o Sr. Camões de lado, que está bem sossegado desde 1580, em paz, que espero seja a do Senhor (Deus).
    E não vamos, portanto, imputar ao Sr. Camões os nossos erros – os meus, ou os seus.

    Analisemos.
    Eu escrevi :

    “Quem viu e sentiu a expulsão dos seus de Moçambique, nomeadamente com o 24/20, tristemente famoso, sabe e sente o que os imigrantes também o sentem, na pele...”

    “Senti pela proximidade muito directa, o drama de muita, muita gente...
    E, por isso, compreendo o que sentem as vítimas, da TAMBÉM xenofobia, na RSA.”

    sabe e sente o que os imigrantes também o sentem

    compreendo o que sentem as vítimas, da TAMBÉM xenofobia

    Não queira perceber quaisquer regozijos, satisfação, da minha parte no que aconteceu/e, nem como uma forma de expiação de actos semelhantes praticados em Moçambique aos “meus”.

    Não é isso que está escrito, nem é isso que eu sinto.

    O meu inimigo está perfeitamente identificado – são os membros seniores da frelimo, que à data praticaram esses actos – o meu inimigo está perfeitamente identificado.
    Sem margem para quaisquer dúvidas.

    Portanto, Sr. Justo, a minha interpretação é que o Sr. percebeu mal. A minha, apenas.

    Agora, quanto:

    “A colonizaçäo portuguesa em Moçambique foi um acontecimento triste que preferimos o recordar com alegria para o bem das relacçöes actuais e futuras.
    Eu näo ousaria olhar de uma forma equitativa à essas duas tristes realidades, é como se o senhor reduzisse à zero os quase 500 anos da colonizaçäo portuguesa que os moçambicanos sofreram.”

    Tenho muitas dúvidas acerca destes factos, muitas mesmo.

    Mas também, e ainda que mal pergunte:

    As invasões N’Gunis, a depredação, escravização, massacres, razias,…aculturação,…que os pacíficos Povos que habitam os territórios do sul, do pré-Moçambique, foi o quê?

    Se o Sr. convencer o Sr. Professor a arranjar um espaço de acesso público, neste sítio, para falarmos TODOS, eu concordo.

    Todavia, quero frisar, e bem, que a Colonização Portuguesa em Moçambique cometeu muitos erros, sem quaisquer sombras de dúvidas. Mas não só.

    E discutir coisas destas, com elevação, com mente aberta, até servem para clarificar, exorcizar, aprender a ver o OUTRO, talvez de forma diferente, com mais racionalidade, e compreensão.

    “Para o bem das relacçöes actuais e futuras” não vejo qualquer mal em escalpelizar, dissecar a História.
    Para o bem das relações actuais e futuras!!! basta não fazer discursos iguais aos da reversão de Cabora Bassa…35 anos depois…por pessoas com responsabilidades, altas responsabilidades, num dia que supostamente seria de “festa”, não?

    “O homem não é aquilo que diz (escreve), mas o que faz”

    Cordialmente
    umBhalane

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  19. Anónimo disse...
    Senhores, cuidado, é por isto que o UmBhalane se esforça por desviar o estágio da Selecção Portuguesa para Angola...
    25/11/09 11:32 AM
    C
    aro Sr. Anónimo.
    Gosto, adoro, “amo”, pessoas bem-humoradas, piripiradas, que nem o Sr.
    Os condimentos picantes, assim como as picardias, estimulam.
    Pena que o Sr. “esqueceu” os fundamentos dos “esforços”, bem como a fonte, o sítio aonde isso está escrito.
    Porque, mesmo um dito “reaccionária” que nem eu, tem esse direito.
    Direito?!, esqueci, tem a ver com a latitude, local geográfico – como frequento muitos sítios, blogues, às vezes esqueço que há sítios que não existe o direito, que não este onde escrevo.
    Abraço, mas gostei da picardia, Espinhosa? – Estimula, mesmo.
    Como estimula!

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  20. O que e um crime contra a humanidade?

    Qual e a perspectiva dos antagonistas? Coincidente?

    Nunca.

    Para que conste. Repito.

    A historia e sempre aquela que e contada pelos vencedores.

    Como sou intelectualmente honesto, fico-me por aqui.

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  21. Aahh, parece que o problema esta na definicao do problema. Vi esta que me pareceu boa...

    XENOFOBIA: é um medo, uma fobia ou uma aversão excessiva, descontrolada e desmedida em relação a pessoas estranhas, raças ou culturas com as quais nós habitualmente não contactamos. Este medo é uma resposta normal ao perigo ou ameaça. A intensidade dessa resposta varia de acordo com as diferentes situações e as diferentes pessoas. Este problema psiquiátrico insere-se no grupo das perturbações fóbicas e, dentro deste grupo, é considerada provocada pela exposição a uma situação ou objecto temido, que frequentemente conduz a um comportamento de evitamento.

    As pessoas que apresentam este medo persistente, irracional e excessivo tendem a evitar o contacto com estranhos, pois esta situação provoca-lhes uma extrema angústia, ansiedade, aumento da tensão arterial e da frequência cardíaca. Nos casos mais graves em relação à situação temida, interfere significativamente com as rotinas normais da pessoa, funcionamento ocupacional, relacionamentos e actividades sociais desenvolvidas.

    A xenofobia tende normalmente a ser visto como causa de preconceitos. Por exemplo, os defensores do termo Homofobia acreditam que todo o preconceito a Homossexuais provém do medo irracional (fobia). O preconceito contra pessoas que tenham origem em outra região, também é uma manifestação de xenofobia. Apesar de a xenofobia ser vista como causa de preconceitos não podemos dizer que tal afirmação seja totalmente verdadeira pois o preconceito pode previr de outras causas.

    A presença deste tipo de fobias nas pessoas está habitualmente relacionada com acontecimentos traumáticos que envolvem o objecto ou situação fóbica e/ou factores psicossociais.

    Em resumo, a xenofobia é um preconceito com receio, ódio ou fobia contra estrangeiros no geral, ou determinados grupos étnicos diferentes daquele a que pertence a pessoa, ou contra pessoas cuja fisionomia social e cultural se desconhece.

    Mais detalhes aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Xenofobia

    Esclarecidos?

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  22. Sr. umBhalane,

    É com muita amizade e respeito que recebo os seus cumprimentos.
    As minhas desculpas se em algum ponto lhe tenha faltado ao respeito, não é do meu género.

    É interessante trocar um dedo e conversas com o senhor, escrevo querendo dizer isso mesmo.
    Estou aprendendo muito consigo.

    As minhas desculpas se há algo que tenha percebido mal. Mas mais uma vez volto a repizar, não sei com que estado de espirito o senhor estava quando tocou no 24/20 àquando da xenofobia. É exactamente essa aproximação que não cabe na minha maneira de analisar a xenofobia. Pode crer que quanto à isso a minha opinião é radical, é uma aproximação que pessoalmente não a aprovo.
    As escavações psíquicas que me ocorrem quando se fala do 24/20 são muito mais profundas em relacção à esse fenomeno « novo », xenofobia dos sul africanos em especial para com os moçambicanos.

    Não é questão de o senhor ter escito mal ou eu ter percebido mal, simplesmente acho que os nossos caminhos se separam por causa de questões históricas. Enquanto eu, directa ou indirectamente fazia parte dos que tomaram a decisão de 24/20, o Sr.,talvez, directa ou indirectamente fazia parte das vítimas dessa decisõo. E nisso tudo, quando o Sr. acompanhou os efeitos da xenofobia foi tomado pela mesma tristeza que jà fora causada pelo 24/20, e eu ao me aperceber da sua tristeza fiz uma arqueologia psíquica das causas da tomada da decisão 24/20, e não aceitei que alguém me fizesse recordar do que esteve detrás do 24/20, por causa da xenofobia dos sul africanos.
    Espero não ter sido muito complicado na tentativa de ser claro.

    Quanto aos N’Gunis:
    Sr. umBhalane, en traços largos, diria que as invasães N’Guni com todos os males com que se faziam acompanhar, eram brincadeiras de muito mau gosto mas locais e que eram típicas daquela/essa grande casa/familia africana(s). Eu sei que o Sr. Está suficientemente esclarecido para não dizer: a invasão N’Guni em Moçambique é igual à colonização portuguesa em Moçambique. Se sim, aguardo um SIM escrito por si para de uma vez pararmos de debater, pelo menos no que toca ao presente assunto.

    Ia apreciar se o Sr. enumerasse as dúvidas suscitadas por aquilo que escrevo. Assim, talvez podia arranjar uma maneira de ser mais claro nas próximas escritas.

    Um forte abraço Sr. umBhalane

    Justo

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  23. Ricardo,

    Se a questão que colocas é para mim, tenho a te responder que eu não quis usar o termo crime contra a humanidade de uma maneira quadrada, isto é, dentro do seu contexto histórico particular.
    Crime contra a humanidade é hoje um termo também aplicado no que toca a escravisação do homem, deportação e outros actos deshumanos.
    Se com a colonização portuguesa o povo moçambicano não sofreu, pelo menos, um desses males, confio-te o direito de me perguntares o que é um crime contra a humanidade. Mas se sofreu, das próximas vezes apreciava que não me colocasses questões ligadas à polissemia das palavras, muito menos me trazeres definições de conceitos que não ousaria escrever nesse espaço se não soubesse dos seus significado e definição.

    Ps: Gostei do resumo do teu CV: "...sou intelectualmente honesto..."
    Näo sei à que honra devo para merecer esta informaçäo.

    Tenha uma boa noite.

    Justo

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  24. Um crime e um crime, contra a humanidade, ou contra um grupo de perdizes de uma especie protegida, nao faz diferenca.

    Nao importa se foi o colono, ou ex-colonizado quem os cometeu. Ou se mais pessoas explorou ou assassinou.

    E crime, e ponto final.

    Isto

    " Mas se sofreu, das próximas vezes apreciava que não me colocasses questões ligadas à polissemia das palavras, muito menos me trazeres definições de conceitos que não ousaria escrever nesse espaço se não soubesse dos seus significado e definição."

    e chines para mim. Normalmente, gosto de linguagem objectiva.

    Obrigado,

    ResponderEliminar
  25. Ricardo,

    Vai reler, bem lido, tudo o que escrevi para ti, se ainda permaneceres com dùvidas entäo te confesso que näo tenho nivel para trocar ideias contigo, e pareremos por aqui no que concerne ao presente assunto. Nem serà necessàrio vires me dizer que releste e näo percebeste, volte a me escrever apenas se conseguires perceber.

    Até ou näo até.
    Fique bem.

    Justo

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  26. Como queira,

    E preferia que V. Excia fizesse uma abordagem sistematica do que afirma.

    Por exemplo.

    Tese: O que acontece na Africa do Sul e xenofobia. O que aconteceu no 20/24 nao foi xenofobia.

    Hipotese A) O que acontece na Africa do Sul. Zimbabweanos no Cabo atacados por sul-africanos (presumivelmente negros) por lhes roubarem os empregos. Os Nigerianos (isto nao foi investigado) que tambem vivem nas redondezas, nao sao atacados, e porque?

    Pela definicao (a que coloquei). E XENOFOBIA porque?

    Hipotese B) Um grupo de cidadaos (preferencialmente estrangeiros e brancos) na decada 70/80 e expulsa de Mocambique, com direito a 20 quilos de bagagem e a abandonar o territorio nacional em 24 horas, sob diversas acusacoes, como sabotagem, contrabando, reaccionarismo, etc. Na altura, como se mostra na Ordem de Accao 05/80 do Ministerio da Seguranca, podia-se condenar, sem que os motivos fossem juridicamente plausiveis. A motivacao revolucionaria era suficiente para a justificacao juridica ad posteriore.

    Pela definicao (a mesma que lhe coloquei), isto nao e XENOFOBIA. Porque?

    E so isso que me interessa saber.

    Se me desejar responder sistematizadamente (pouca adjectivacao) agradecia. Se nao quiser, pois bem, ate a proxima ou ate nunca mais.

    Disse

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  27. Racismo sem raça - obrigado Professor pela definição dada. Gostei do debate suscitado... E a minha compreensão, após a definição dada e os diferentes comentários que perfazem o debate, é a de que nos casos aqui relevados, o que esteve na origem de um ou do outro, não foi necessariamente a cor ou raça (minha opinião)... Por conseguinte, eis a questão: talvez o "racismo com raça" na verdade tenha sido mal concebido, uma vez que as lutas entre diferentes grupos sociais pela posse privada dos meios de produção, conforme Marx (ou dos recursos de Poder), tenha sempre existido e, nesse contexto, cores iguais mataram cores iguais... Bem, a questão é buscar perceber: que dizer do outro racismo (diferente do racismo sem raça)?

    Obrigado!

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  28. Para os que discutem 24/20, eu creio que uma injustiça não se cura com outra injustiça!

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  29. Sr. Justo

    Renovo-lhe os meus melhores cumprimentos.
    E está tudo bem entre nós, está mesmo. Por favor fique tranquilo.

    De facto não há nenhuma relação de causa e efeito entre os acontecimentos do 24/20, indevidamente assim chamado (porque os eventuais 20 Kgs eram literalmente roubados nos aeroportos de saída), e os tristes acontecimentos com as comunidades migrantes na RSA.
    Creio ter interpretado que o Sr. terá vislumbrado meu regozijo, uma espécie de vingança tardia, concretizado nos episódios dramáticos da RSA.
    Trata-se apenas de memória, e de percepção sensorial do sofrimento dessas comunidades.
    Vivi (indirectamente) acontecimentos semelhantes, e não estou a falar de linchamentos, assassinatos, nada disso. Falo de pessoas, que num ápice, também perderam TUDO - o trabalho de uma vida inteira – e pior, foram completamente desenraizadas da família, amigos, da sua terra…Da terra que os viu nascer, e donde a maioria nunca havia saído!!!
    Quando o Sr. faz referência aos meus – não traduza literalmente brancos – a grande maioria era gente não-branca – os chamados comerciantes de nacionalidades, traidores, e outros classificativos insultuosos.
    Eu assisti, vi, ouvi, o Sr. Américo Fumo, à altura Governador de Nampula, com TODOS os funcionários do BNU/Nampula, cerca de 100 funcionários, numa reunião levada exclusivamente a efeito para enxovalhar os expulsos pelo 24/20.
    Chamava um por um. Tratamento por tu:
    - Quando era um branco, ria de contente – queres ir embora, vai, podes ir.
    - Quando eram Indianos ou Mestiços, piorava. Vais fazer o quê? Sabes jogar a bola?, não sabes! Sabes dançar samba?, não sabes! Então vais fazer o quê lá? Depois de martelar bem, desprezava-os ostensivamente.
    - Quando, finalmente, eram pretos, então é bom nem falar. Piorava de vez.
    Essas vítimas perderam TUDO, menos a vida, é verdade! Apenas casa, recheios completos da casa, carro, família, amigos, meio social, a sua terra.
    O regime da Frelimo não perderam. Não o tinham aceite, após breve hesitação.
    Comigo aconteceu precisamente o contrário.
    Natural de Moçambique, onde sempre vivi até os 31 anos, nunca hesitei, nunca aceitei o regime comunista da Frelimo – mas defini-me bem cedo, na primeiríssima hora, sem quaisquer hesitações, dúvidas, e com uma certeza inabalável.
    Ao princípio, as futuras vítimas do 24/20 diziam-me – Vais-te dar mal, eles (Frelimo) não te vão perdoar, bla, bla, bla…
    Eu dizia-lhes sempre – Fazer o quê, não estou a enganar ninguém, estou a definir-me, ser claro,…- consciente dos muitos riscos…
    Afinal foi tudo ao contrário. Eles foram, e eu fiquei até 06/07/1979, e assisti, senti, vivi…
    E por isso eu escrevi, que estou em condições de aquilatar o grau de sofrimento das vítimas da xenofobia da RSA.
    Porque uma coisa é ler em jornais, ver nas TV’s, outra coisa é sentir em directo.

    Para terminar de uma forma clara, e socorrendo-me de alguns exemplos simplórios para ilustrar o que pretendi transmitir, e só, apenas isso:

    - Como pode um Padre Católico, celibatário, compreender e falar dos problemas de casamento aos casais seus paroquianos, se ele nunca os viveu, sentiu na pele. Já Padres de outras religiões, casados, penso estarem mais apetrechados nesse âmbito;

    - Como pode uma mulher que nunca pariu, avaliar as dores de um parto.

    Foi isso que eu quis dizer, a ideia que pretendi transmitir, e apenas isso.

    E alonguei-me propositadamente, para fazer um bocadinho de história (real).

    Quanto aos Srs. N’Gunis, voltarei.

    Na expectativa de ter clarificado eventuais dúvidas, até lá, um grande abraço.

    umBhalane

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  30. Boa noite Sr. umBhalane,

    Primeiro devo lhe dizer que tenho muito respeito por si, embora sejámos anónimos um para o outro, e ainda por cima virtuais.
    Esse assunto por mim jà se pode encerar, e nenhuma dùvida ainda paira em mim.
    Respeito a maneira como o senhor se dirigiu graficamente à mim. Em nenhum momento me sentí ofendido.
    Sinto muito por lhe ter feito reviver algumas das experiência não agradáveis que, pelo que me apercebi viveu. São histórias reais, como diz, que uma pessoa tão nova como eu dificilmente tem acesso à elas. Eu não vou lhe esconder, tenho 30 anos, assim, toda a história de Moçambique antes e um pouco após a independência, não a conheço por a ter vivido. As fontes são documentais e orais contadas por pessoas do lado do « vencedor », como disse que se dizia o Ricardo.

    Eu não gosto de criar inimizades discutindo um assunto que não depende de mim para tomar o caminho que eu o considere corecto. Tenho entrado em debates quando sinto parecer-se a atropelar a logica que tenho de uma certa situação.
    E no presente caso, como estou tendo um sentimento de entendimento entre nós os dois, nada mais me importa se não deixar esse assunto para atrás. Acho que vale à pena perdermos o tempo vivendo as boas relacçöes que com o tempo aprendemos a contruir.
    Espero que num futuro próximo a gente aida debata sobre outros assuntos, usando o mesmo espirito da relacção interpessoal.
    Consigo aceito viver mesmo com as nossas diferenças, e lhe diago: se houvesse uma oportunidade jà podia ir à caça.

    Um fortíssimo abraço.

    Justo

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  31. Pudera que em todas as grandes discussões aproveitássemos para aprender uns com os outros e, sobretudo num tom amigável, pesem as divergências. Eu aprendi muito desta discussão entre o Justo e o Umbhalane.

    Continuemos a debater com este espirido!
    Um abraço
    MF

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  32. Masango kuluma nkhuasosa
    Tradução: Se as abelhas picam é porque foram provocadas.
    Interpretação: Cada um carregue com as consequências quando provoca alguém.
    Fonte: http://estamosjunto.blogspot.com/2008/10/lngua-materna.html

    De facto é bom debatermos com elevação, com respeito, maugrado as diferenças que sempre existem (mais ou menos), mas sempre existem – até nos irmãos gémeos.
    Mas também há semelhanças. Precisamos equilibrar, apenas – falando, não ralhando.

    Trouxe aquele provérbio da minha 2ª língua, SENA, esperando não ser acusado de etnicismo (tribalistismo), ou mesmo apropriação indevida.
    Porquê? Porque quando me provocam, pico mesmo, viro do avesso, como dizem os meus irmãos Brasileiros.

    Finalizando, gostei imenso do seu convite para ir à caça, porque para isso é preciso contar com a lealdade da pessoa que nos acompanha, e eu também sinto que podemos caçar juntos.

    E então os N’Gunis?

    Obrigado, e um forte abraço.

    umBhalane

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  33. Pena que não haja mais espaços como este, em que abertamente se debatem ideias, vivências.

    Todos temos muito a aprender uns com os outros em prol de um mundo melhor. O nosso mundo começa em casa, na nossa rua, na nossa escola, trabalho ou nas nossas relações sociais.

    Parabéns Carlos.O seu dever cívico, o seu espírito democrático, aberto e sem poeiras, ao trazer para aqui este tipo de assuntos, prova que estamos todos a crescer enquanto gente. GENTE como o UmBhalane e o Justo, são a prova disso mesmo. AQUI fala-se, discute-se, aprende-se.

    Assim gosto! Mas GOSTO de gostar mesmo.

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  34. Sr. umBhalane,

    Agradeço lhe por ter aceite o meu convite. E pode crer que eu nem usarei um colete à prova de balas.
    Também agradeço à todos os que acompanharam esse nosso primeiro debate, especialmente pelos seus comentários interessantes.

    Sr. umBhalane, quanto aos N’Gunis terei muito prazer em debater o asunto consigo.
    Neste momento entro numa fase de muita ocupação no que faço, e não poderei tão jà participar nesses nossos debates. Uma pena, eu é que saio a perder.

    Desejo um bom fianal de semana para si, e também para todos os seguidores deste blog, sem me esquecer do seu criador.

    Um forte abraço.

    Justo

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  35. Sr. Justo

    Muito obrigado pelas suas amáveis palavras.

    Permito-me rectificá-lo quanto aos N'Gunis - também fiquei, de certeza absoluta, a perder.

    Dia virá - entretanto vou tentar estudar melhor os assuntos.

    Retribuo os votos de um bom fim de semana.

    Também com um grande abraço,

    umBhalane

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