Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 julho 2009
Rupia reprovada, FIR na AR e de novo adiada discussão sobre violência doméstica
12 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Acompanhei através da RM-online esta notícia. É o tamanho da nossa democracia. E não vamos apenas culpabilizar a Renamo. Não vejo porquê razão a Isabel Rupia é uma pessoa não grata da Frelimo ao ponto de chumbar a sua candidatura ao C.C. Chumaba-se as pessoas, mas não as ideias ou o inverso? Lamentável.
ResponderEliminarUm abraço
sera que ela é vitima de violência domestica?
ResponderEliminarXkurah
E verdade que o cc é um orgao de prestigio e de grande utilidade pra a Nacao Mocambicana.Mas sera que era necessario todo este espetaculo gratuito???
ResponderEliminarSera este metodo de eleicao o m correcto em democracia multipartidaria?
Se Isabel Rupia foi chumbada por acumulacao de infracoes e processos disciplinares,a Lucia rebeiro a muito que n declara rendimentos, m no entanto foi aprovada, sera isso a ditadura do voto da maioria.
E muita pena que tenhamos de assistir sistematicamente estas Xungarias na assembleia da republica.
sinceramente vendo bem as coisas e analisando o cv de todos os juizes ratificados pela assembleia a unica figura que me parece a m indicada pra representar este orgao é o Dr Joao Nguenha, o resto sao cantigas .
Um abraco
Xicoca
Deixemos que os LÍDIMOS representantes do Povo decidam de acordo com as competências que lhes outorgámos nas urnas e o REGIMENTO da Assembleia lhes confere.
ResponderEliminarA Frelimo está ou não no seu legítimo direito de VETAR candidatos, mesmo que por mera razão de cor política ?
Porque razão terá Isabel Rúpia de ser uma figura de consenso entre as Bancadas?
Deixemos o Parlamento trabalhar sem atropelos ao REGIMENTO aprovado, isto é, aceitando com dignidade os resultados da votação, sem desrespeito para com a CASA DO POVO.
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É o pensamento de gente como o ultimo anonimo que faz do parlamento o que é, quer dizer a propriedade privada dum partido. Casa do povo qual carapuça: casa de partidos, melhor, propriedade dum partido. mas a gente está atenta as coisas nao duram para sempre.E mais nao disse.
ResponderEliminarJL
Caro Anônimo:
ResponderEliminarPenso que não é cabível continuarmos a defender a posição de Sócrates, quando ele afirmou,diante dos seus acusadores, que "a Lei, por mais que seja injusta, tenho de segui-la, por ser a lei da cidade". Ainda vale a pena sofrer a injustiça, sem denunciá-la?
O legalismo não pode servir para encobrir interesses particulares. Como você bem referencia, devemos respeitar a CASA do POVO. Porém, algums ações e decisões tomadas nessa casa não respeitam os interesses de muitos povos que fazem parte deste vasto Moçambique.
Vendo por outro ângulo, a RENAMO está pagando pelos seus erros: quis ser a única força política de oposição em Moçambique, acordando, por exemplo, pela barreira dos 5%. Talvez assim procedeu em função da popularidade pós-guerra. Hoje, delibitada está a reboque do seu maior adversário. O binarismo partidário, em nossa frágil democracia,saídas de um totalitarismo que possui tentânculos fundos, vai levar a fragilizada RENAMO ao desespero.
1. não sei o que pretendeu transmitir-nos o caro anónimo "__
ResponderEliminar20/7/09 5:46 PM". A Frelimo tem o direito de vetar o pluralismo?????
2. É exactamente o que eu disse quando me exigiam a comentar sobre as eleicões internas da Frelimo. É difícil entender como todos alinharam para o que eles próprios não comungam nem acreditam. Digo isto, pois tenho a plena certeza que alguns daqueles deputados que na Assembleia da República chumbaram a Isabel Rupia telefonaram-lhe, manifestando a sua solidariedade. E quem lhe chumbou na verdade? Assembleia da República? Ou a decisão foi ditada fora daquela casa?
3. A Renamo tem alguma culpa como o António diz. Quando eu ainda acreditava na Renamo, dizia aos seniores que tinham que evitar copiar a Frelimo em aspecto não democráticos. Dizia-lhes eu que representar o povo é sempre escutar esse povo. Na situacão em que a Renamo sabe que a forca da Frelimo é a ditadura do voto, ela devia recorrer sempre um apoio da sociedade civil.
4. É interessante que a proposta da Renamo para Isabel Rupia tenha sido uma vinganca a Orlanda da Graca. É como se diz, que avisa é amigo. Eu avisei.
5. Sou da opinião que a Isabel Rupia devia ter retirado a sua candidatura manifestando assim contra toda a perseguicão de que ela é sujeita. Para mim, a Isabel Rupia é vítima da sua crenca que a tal brigada contra a corrupcão era algo sério.
6. A Assembleia da República precisa de ser reorganizada e isso compete ao eleitor, precisamente no dia 28 de Outubro de 2009.
Os "construtivos" assim queriam a espinha dobrada, voto autoritário e chamboco. Pois é.
ResponderEliminarMeus Caros,
ResponderEliminarCreio ter sido Churchill que disse (cito por memória): " a Democracia não é um sistema perfeito, mas é seguramente o melhor que temos".
A CASA DO POVO é composta por quem nós, dentro das regras da nossa Democracia Parlamentar, elegemos: são os nossos lídimos REPRESENTANTES até ao final dos seus mandatos, quer concordemos ou não com seus métodos de trabalho.
O Parlamento não é propriedade privada de ninguém, mas é, seguramente, na legislatura em curso, dominado pela Bancada da Frelimo, com toda a legitimidade.
Lá estão representados os equilibrios resultantes da vontade daqueles que exerceram o direito de voto.
Quem se sentir defraudado com o desempenho da Bancada do Partido A, ou B, deve manifestá-lo através dos meios legais: findo o mandato votar noutros.
É completamente inócuo virmos dizer que o Partido A ou B deveria ter este ou aquele comportamento. Estamos perante forças políticas adversárias, que querem a todo o custo manter-se no poder.
Caro Reflectindo,
O que pretendi transmitir foi precisamente o que concluies no nº 6 do teu comentário, cito:
"... e isso compete ao eleitor, precisamente no dia 28 de Outubro de 2009."
Até lá, porque vivemos num Estado de Direito, a Frelimo tem toda a legitimidade para fazer uso do VOTO da forma que melhor entender, desde que respeite ao Regimento da Assembleia.
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Caro Anônimo (são tantos que nos deixam confusos)
ResponderEliminarDeixa-me,mais uma vez, refutar parte das tuas afirmações. Uma observação simples derruba a generalização que você não consegue enxergar no argumento de Churchill: de que democacia ele falava? a antiga, a moderna ou a contemporânea? A democracia representativa ou a democracia popular, dos tempos áureos do nosso falhado socialismo científico fundamentado nos "princípios universais do marxismo-leninismo"?
Voltando ainda aos teus argumentos: somente um cêgo ou aqueles que se fazem de cêgo nesse Moçambique podem concordar com eles. Quando o parlamento não funciona, primeiro, não é necessário esperar pelas eleições. ]Em regimes onde a vontade das maiorias é respeitada e não manipulada e nem tiranizada em nome da Lei e da ordem, pode-se dissolver o parlamento. Não será o nosso caso.
Ademais, parece-me absurdo afirmar, nas condições em que se realizam as eleições em Moçambique e em outras partes da periferia do capitalismo, que os que se encontram na CASA do POVO foram legitimamente votados. Podem ser legalmente votados, mas a legitimidade, segundo tem sido observado, é questionável.
Nem todos os que estão nessa casa foram, de fato, o resultado de expressão das vontades das maiorias. Deixemos de brincar de "Hollywood".
Moçambique é, de fato um Estado de Direito? Pode ser fato no nível teórico, mas sem identidade com o fato!
Abraços
Amigo anónimo, __ 20/7/09 7:44 PM (apenas 1 maneira de identificar)
ResponderEliminarSem dúvidas os teus pontos de vista são necessários neste blog para não estarmos uniformizados em ideias.
Este como outros casos sobre o funcionamento da nossa Assembleia da República precisam da nossa intervencão permanente. Essa intervencão faz parte da nossa cidadania.
O António coloca questões importantíssimas quanto à democracia, sobretudo a nossa em Mocambique. Não vou repetí-las, mas há questões como quem representa aos que muitas vezes acham de palhacos (desculpem-me) aqueles deputados, optando por não irem às urnas? E esses são ou não a maioria? Sabendo que abstencão não tem resolvido o problema, como fazermos com que os eleitores saibam o valor real dos seus votos?
Escrevi que a Assembleia da República precisava de ser reorganizada e isso competia ao eleitor, precisamente no dia 28 de Outubro de 2009, mas digo que isto pode ser apenas um sonho se o debate sobre a democracia não for aceso entre nós.
Um Parlamento como nosso que só tem consensos no tacho dos deputados é nocivo. Uma maioria parlamentar tem que assumir responsabilidade, mas esta maioria faz isso?
VAMOS TODOS VOTAR!
ResponderEliminarVAMOS TODOS VOTAR!
VAMOS TODOS VOTAR!
MZ