Outros elos pessoais

31 julho 2009

Ponte Eduardo Moisés Alberto Guebuza

Aqui e acolá, a ponte sobre o rio Zambeze continua a gerar muita publicidade e muito debate. Talvez não devido à ponte em si, mas ao nome que lhe foi atribuído: Armando Emílio Guebuza. A Rádio Moçambique, por exemplo, há dias que dedica muito espaço de antena à ponte e ao seu nome. Enquanto isso, há uma longa carta do economista Carlos Castel-Branco sobre o nome atribuído à ponte (espero publicá-la eventualmente ainda hoje), da qual extraí a seguinte passagem: "A ponte sobre o Zambeze estava inscrita nas directivas económicas e sociais do III Congresso, foi reafirmada no IV Congresso, planificada e orçamentada no mandato do governo anterior (1999-2004), executada no actual mandato (2005-2009). Portanto, se fosse dado um nome presidencial a essa ponte, acho que ela se deveria chamar "Eduardo Moisés Alberto Guebuza"."
Adenda 1: recorde uma crónica do jornalista Fernando Lima com o título "A ponte de Livingstone", aqui.
Adenda 2: eis a carta referida mais acima, produto de uma diálogo entre Castel-Branco e um seu colega economista, divulgada também pelo Canal de Moçambique de hoje, aqui.

18 comentários:

  1. "CASA ONDE NÃO HÁ PÃO, TODOS RALHAM; NINGUÉM TEM RAZÃO"!

    Se tivessemos todos o estomago bem confortado, provavelmente, estariamos nas tintas para o nome da Ponte. Fixamo-nos no passado, porque, com o estomago colado às costas, desconfiamos do futuro.

    > Mais um "critério" a favor do nome de Guebuza: o Suplemento do Notícias de ontem, pag. 2 diz:

    "O derradeiro momento foi quando a 20 de Dezembro de 2005 o Presidente Guebuza, dirigiu nas duas margens sobre o Zambeze, nomeadamente em Caia e Chimuara, nas províncias de Sofala e Zambézia, a cerimónia de lançamento da primeira pedra para a edificação da ponte."

    Ora, se GUEBUZA,

    (i) lançou a 1ª pedra,

    (ii) esteve nas cerimónias, de pedido de autorização aos espíritos para início da obra;

    (iii) vai fazer a última viagem no batelão;

    (iv) vai estar nas cerimónias de agradecimento aos espíritos pelo sucesso da obra,

    (v) vai ser o 1º a pagar a portagem, de Norte para Sul.

    > Porque não dar o nome à obra?!
    __

    "Mudança é a lei da vida, e aqueles que somente olham para o passado e presente, vão com certeza perder o futuro" (JFK)

    > Canalizemos energias para o essencial!

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  2. e o essencial significa o que?

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  3. E o que é que diz o próprio Guebuza???????

    À mim soa estranho baptizar a ponte com o nome de um dirigente ainda vivo; foi assim na era Joaquim Chissano e as salas de conferencias e continua assim na era Guebuza. Pobre dos nossos herois que tudo deram para a edificacão do nosso Mocambique

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  4. Mudanca e criar patos, muitos patos

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  5. Muita coragem Castel Branco, um dia as coisas vão mudar, a Juventude esta muito atenta aos acontecimentos e progressiva marginalização em detrimento dos escovas e lambe botas.

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  6. Caro Anónimo,
    O essencial é deixarmo-nos de frivolidades e concentrarmos esforços:(i) no crescimento económico, aumentando da produção e a produtividade; (ii) na poupança, racionalização dos gastos, aplicação dos parcos recursos de acordo com prioridades úteis.

    > Sem estes pressupostos como horizonte, vamos continuar de mão estendida:

    Pessoalmente, acho mais INDIGNO, Indecoroso, o aparato e gastos nas festividades da inauguração, do que a atribuição do nome de Guebuza:

    > para a história ficará que a construção foi iniciada e concluída no 1º mandato de Guebuza!

    > Sejamos realistas: a ponte existe hoje porque as instituições financiadoras internacionais (sem as quais não haveria ponte) avaliaram positivamente o trabalho de Chissano e Guebuza - o financiamento da ponte foi um Prémio ao bom desempenho macroeconómico do país na ERA Chissano, continuado por Guebuza.
    __

    Sobre a carta de Castel-Branco. Como diria o padre Lopes Vieira: "não teve tempo para escrever pouco". Repetitivo, enfadonho!

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  7. Eu também me interrogo sobre o que é essencial. Se o nome não fosse essencial porquê Guebuza não se distanciou?

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  8. Caro anónimo,

    O seu comentário quanta à carta de Castel- Branco posso interpretar como recusa do seu argumento porque os argumentos do oficioso são mais convincentes?

    Em toda a discussão sobre o nome da ponte noto que a maioria absoluta é contra a atribuicão do nome de Armando Guebuza. Estarei errado.

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  9. Para ser justo, Castel-Branco deveria chamar-lhe, ponte: Eduardo Moisés Alberto Afonso Guebuza.

    Sem a assinatura do Tio Afonso em Roma, provavelmente, hoje, não teriamos ponte, logo,

    Em homenagem, aos OBREIROS do Acordo de Roma, porque não chamar à Obra, ALBERTO AFONSO GUEBUZA?
    __

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  10. Não me espantatria se algum dia viessemos a saber que o nome da ponte AEG foi por indicação e imposição do mesmo. Eu era capaz de jurar que foi isso!
    Tinha programado ir assitir a inaguração, afinal está há mei centena de kilometros do meu berço, mas faltam-me tripas!

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  11. Creio que para os académicos, intelectuais, Beltranos, Sicranos e anónimos, que são contra o nome de Armando Guebuza à ponte, que para mim será sempre a "Ponte Sobre o Rio Zambeze, não nos deve faltar pão como, aliás, disse de forma rídicula e enfadonha o primeiro anónimo, lá em cima. O que me inquieta a mim (falo de forma particular) é este "vírus" ardente que os nossos dirigentes tem de puxar a sardinha à sua brasa. A sua vontade de imortalizarem-se, usando formas e métodos impróprios, contra a vontade do povo, já que ao povo não pode mais obrigá-los a decorar cânticos e leituras, chamando papá os militantes da Frelimo, mamã as suas esposas e amantes, enfim, é disto que estou contra. Este país não tem dono, jamais terá que não seja o Povo Moçambicano.

    Um abraço

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  12. Caro Viriato,
    A tí, que te auto-intitulas um ANIMAL POLITICO, permite-me um conselho: conta até 10 antes de comentares a torto e a direito; reflecte no que dizes para não caires no rídiculo e enfado que atribues aos outros.

    > É evidente que se o país fosse próspero, todos tivessemos um nível de bem estar condigno, o que significaria bom desempenho do governo, ninguém ligaria ao nome da ponte.

    Um abraço
    __

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  13. "Não há machado que corte a raíz do meu pensamento" e "ninguém nos destrói a liberdade de pensar". Estas duas frases que fui buscar no meu "baú científico" é uma resposta ao seu ensejo de me fazer calar! Para além de estar consagrado na nossa, digo "minha" constituição, porque sendo anónimo, sem dar a cara, tenho cá comigo as minhas dúvidas se é ou não um cidadão nacional. Seja como for, é um cidadão do mundo e por ser tal, gostava de lhe dizer, embora ironicamente, que em democracia ninguém é eterno, e mesmo Churchill depois de ganhar a guerra foi derrotado em eleições. E quando tal acontece a justiça popular sai a ganhar. O seu "sistema" pode ter impedido há muita gente de falar, jamais destruiu a liberdade de pensar. Jamais destruirá, mesmo depois de morto, porque as ideias de um homem justo fazem escola. Veja o caso de Carlos Cardoso, mesmo morto é mais perigoso que vivo, por isso não me queira impedir de falar!

    Um abraço

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  14. Alcatrão,betão,ferro.....não têm sentimentos.
    O ser humano tem sentimentos.
    É o homem que faz as transformações.
    Agora, esperava do Senhor PR um pouco mais de humildade e sabedoria ao olhar para quem o rodeia mais próximo de sí....os seus companheiros de luta.Será que os consultou? Sim, porque estes são a FRELIMO, os outros como o elenco governativo são do Partido porque os primeiros deram o aval.Como diz o MC Roger, patrão é patrão. Mas deixem para lá, que o o rio se encarrega de suplantar o nome AEG. Sabem como se chama a ponte de Tete? Poucos sabem que é Samora Machel. Pois é.
    Só espero que um dos novos aviões da LAM não seja baptizado também com o nome de.... quando vejo as imagens fico com a sensação de se sentir finalmente livre das amarras de SAmora Machel e com pena de não estar vivo para testemunhar........A propósito: não seria uma forma de auto-estima o PR viajar na Companhia Aerea Nacional quando em viagem interna? Por sinal ela ostenta o selo MADE IN MOZAMBIQUE. São estas coisas que chamuscam a imagem do PR. Mas que fazer? Ninguém é perfeito e os defeitos estão sempre na ribalta mesmo que não se queira. Por pirraça alguns chamarão ponte do Zambeze, por pirraça outros chamarão pelo novo e mais recente nome: Armando Guebuza.
    Hipotetico? Uma segunda volta? E se acontecer? Como reagirá o nosso PR?Dobradiça velha não aguenta porta nova.Ishhhee!!!! Juro palavra de honra nã sei.

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  15. Há muita coisa que aconteceu no mandato Guebuza que devia ser julgada pelo eleitorado no dia 28 de Outubro.

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  16. Caro Viriato,

    Não entendeste, ou não quiseste entender, a razão do meu comentário anterior.

    Ela prende-se com uma regra sagrada: a liberdade de cada um, acaba onde começa a liberdade do outro!

    > Podemos e devemos expressar as nossa ideias, concordar ou discordar com as dos outros.

    Porém, meu caro, como qualquer um de nós, perdes a razão, quando, mesmo tendo razão, a expressares de forma menos apropriada.

    > Não tens o direito de, por exemplo, qualificar de RIDICULO o comentário de fulano ou beltrano.

    Sobre a lenga-lenga do anonimato, já uma vez comentámos: para mim, tanto me faz ler os comentários do Viriato, como da Samira, do Abel ou da Henriqueta: interessa-me o conteúdo dos mesmos!

    Da igual forma, pouco me interessa saber se és de Tete, de Lichinga ou do Chimoio (não sou regionalista, embora preze a minha região, lá nas margens do Índico, bem próximo de Pebane) ou se tens como heróis Mugabe, Guebuza, Chipande ou Dhlakama.

    FORÇA, continua a comentar e a expor as tuas ideias, com respeito pelas regras do jogo democrático: sem obsessão e soberba.

    Um abraço,
    __

    PS: Sobre o debate entre Nuno e Nametil, sugiro que leias com atenção os argumentos de Nametil: de quem conhece o terreno, tem os pés bem assentes na realidade, sabe distinguir o essencial do supérfluo; pragmático, preocupado com os que têm a barriga vazia.

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  17. É difícil explicar a um membro do "sistema" que a liberdade de opinião e a corência do pensamento, tendo como matéria-prima um trabalho aturado, é um inesgotável fonte de energia. Fico feliz por dois motivos, por um lado o anónimo retratou-se e reconheceu-me o direiro de opinar, mas não deixou de fugir com o rabo à seringa, segundo, manda-me ler um diálogo interessante, mas enfadonho sob-ponto de vista circusntancial, isto é, de nada valerá mais dar qualquer archega visando mudar as coisas, quando o "sistema" fincou o pé e, prontos, DECISÃO TOMADA, DECISÃO CUMPRIDA. Espero que me tenha compreendido.

    Um abraço e bom final-de-semana.

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  18. SEMPRE CHAMAREI A PONTE SOBRE O RIO ZAMBEZE DE:

    PONTE DA UNIDADE NACIONAL!

    QUEBUZA MALTRATOU O POVO MOÇAMBICANO ENVIANDO-O PARA CAMPO DE REEDUCAÇAO EM NIASSA.
    NAO ESQUECEMOS O TEMPO QUE PASSOU.
    PARA QUE CHAMAR A PONTE DE E. QUEBUZA?
    SÓ PORQUE É PRESIDENTE?
    TEMOS MUITOS HEROIS NACIONAIS QUE TOMBARAM PELA CAUSA.
    QUE ABERRAÇAO!

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