Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 maio 2009
Combate folclórico da pobreza: uma nota ao discurso de desenvolvimento em Moçambique
11 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Belas palavras as de Chambote. No entanto tão vazias quanto o discurso de desenvolvimento. Eu não consegui apreender o alcance das palavras de Chambote. Está ele a sugerir que para que haja desenvolvimento é necessário abordar as puestões de desigualdade de riqueza e de poder? Como é que se faz isso, já que Chambote não-lo diz? Seria proclamando uma revolução igualitária? De toda a forma, todos os países que se desenvolveram abordaram antes a questão da diferença de riqueza e de poder? Do meu ponto de vista está-se a colocar uma falsa prioridade. Referir também que a pobreza dos nossos países não se explica pela diferença interna das relações de riqueza e de poder. GM
ResponderEliminarCaro anonimo GM,
ResponderEliminarMe parece que o texto de Chambote visa chamar atencao ao uso de palavras sem o minimo de senso critico. Ele nao ataca a ninguem, mas tenta chamar a consciencia a maneira como devemos encarar as palavras "santas" de combate a pobreza. Em vez de frustrar os jovens com discursos acho que e bom oferecer-lhes outro menu de leitura sobre os problemas.
Chambote usou seu direito constitucional para dar seu ponto de vistas e nao solucoes de desenvolvimento. Se GM esta no Governo entao da solucoes pois foi por isso que votamos. E obrigacao do Governo e nao favor. Se GM nao aprendeu deste texto, creio tambem que nem os outros tres textos (II Conferencia IESE) que versam sobre discurso voce tenha aprendido: lamentavel.
Para ja, qual e a sua ideia GM sobre o discurso de desenvolvimento em Mocambique? Podes investigar e sera trabalho facilitado para si. Sugestao: (i) pega os tres textos publicados na Conferencia do IESE e faca leitura analitica; (ii) faca-se conhecer sua opiniao de cidadao activo e comprometido com desenvolvimento integral de Mocambique publicando essa investigacao; (iii) nos haveriamos de aprender de si tambem, e porque nao? Nao ha conhecimento acabado. E pacifico assim compatriota!?
Bom, continue GM nessa tua noitada de caca a pirilampos num pantano.
Caro ccnterraneo Raul Chambote:
ResponderEliminarfoi c/ imesa alegria k descobri estar a estudar na Univ.de Birmingham; sou igualmente estudante na Univ. de Bath e gostaria de o poder contactar atraves do m/ e-mail:
jclpmz@hotmail.com
saudacoes
Jose Carlos Lopes Pereira
Caro Kanyosa, também usei do meu direito constitucional de discordar. Ou acha que o único que tem o direito a expressar suas opiniões é o Chambote? Qualquer opinião veiculada publicamente, incluindo a do sr Chambote, é susceptível de ser interpelada. GM
ResponderEliminarEm que ficamos? Chambone não escreveu algo que sirva para Mocambique? Porquê? Quando e como é que se escreve algo para o país? Será que os decisores e os aspirantes a decisores já pegaram o texto para ler com atencão e sem preconceitos o que Chambone escreveu, para tirar algo que seja aproveitoso? Apoio-me à sugestão de Kanyoza. Tenho receio que esta desqualificão do trabalho de Chambone seja a semelhante à marginalizacão de certos compatriotas mesmo voltando para o país com doutoramento (PhD). Seriamnete falando temos esses casos e alguns aqui os conhecem.
ResponderEliminarMinhas desculpas para Chambote, pois no último comentário escrevi Chambone em vez de Chambote
ResponderEliminarNo reconhecimento de talento de uns, estara quase sempre implicito, o reconhecimento de nao-talento de outros.
ResponderEliminarAbdul Karim
Não percebo algumas pessoas. Especialmente o Reflectindo está a espantar-me. Não escreveu ainda há pouco que a característica que diferencia o país onde reside da Polónia que conheceu em viagem de estudos é a elevada propensão para o debate, para a livre circulação de ideias que é elevada num e escassa noutro país? Como é que agora vem advogar que debater e discordar com um ponto de vista é falta de reconhecimento com um autor? Aí no país onde vive as pessoas aceitam e batem palmas para tudo o que qualquer autor escreve? Muita gente pensa que "criticar" apenas deve ter um sentido. Que devemos apenas "criticar" o governo. E, entre nós, só palmadinhas nas costas. Espero que o amigo Chambote não se deixe enredar nessa cilada. Quem debate consigo é porque lhe respeita. Eu não debateria com uma pessoa que desprezasse intelectualmente. GM
ResponderEliminarCaro compatriotas,
ResponderEliminarObrigado pelos comentarios. O meu texto nao tem nada de especial, senao ecleticamente tentar interrogar-me a mim mesmo se (i) entendo o que falo, defendo e encorajo aos outros fazer; (ii) se sou coerente com o (i).
Esse texto foi pela primeira vez referido aqui, se nao me engano dia 4 de Janeiro de 2008, muito antes de eu ir a Birmingham. Canal de Mocambique foi o primeiro jornal electronico a publicar. Fi-lo com timidez. Depois ganhei coragem.
O que mais me interessa neste momento e ter vossas criticas e comentarios como poderia melhorar o trabalho. O texto incomoda porque nao poupa a mim, incluindo a mim mesmo que usa o discurso de desenvolvimento para criticar o discurso de desenvolvimento.
O texto de Chambote merece uma leitura atenta. O cruzamento de ODMs, PARPA e NEPAD aparece curiosamente interessante. Recomenda-se leitura, pelo menos os governantes podem ler quando regressam de seus afazeres ou das ja iniciadas campanhas politico-eleitorais
ResponderEliminarAlguem notou que no trabalho de Chambote, logo apos a descricao do filtro triplo de Socrates, como esta descrito e analizado a atitude neo-liberal no Ministerio de Educacao de Mocambique?
ResponderEliminarO que fazemos em Mocambique com o neo-liberalismo foi semelhante ao que fizemos com o marxismo-stalinenismo. Tinham-nos convencido que ela o marxismo-leninismo.
O trabalho pode ter uma e outra fraqueza, mas e poderosamente critico e vale a penar consumir o humor e a satira nele contido