Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
13 junho 2008
Sabores do Índico - receitas da cozinha moçambicana
11 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Curiosamente, em 28 de Fevereiro, foi publicada esta referência. Ver link
ResponderEliminarhttp://navegandocomsabores.blogspot.com/2008/02/nos-subrbios-da-vida.html
"Um repositório riquíssimo de receitas da mais alta índole gastronómica"?????
ResponderEliminarÉ verdade que uma boa matapa, uma galinha à zambeziana com mucapata e mais uma meia dúzia de pratos até o podem ser, mas um pouquinho de sentido crítico e modéstia não nos ficaria mal e talvez levasse a mais criatividade na nossa culinária.
E o marketing não conta?
ResponderEliminarComo se vendem, também, livros?
Abstendo-me do valor do repositório.
Perdoe, Agry, se não tomei em conta essa referência. Quanto ao leitor crítico: então o conteúdo do livro é mau?
ResponderEliminarUm bom livro de cozinha pressupõe um trabalho prévio de campo e de experimentação. Um livro sobre cozinha dum país tão extenso e recheado de “sub-culturas”, como Moçambique, exige um trabalho longo e meticuloso,se se pretende apresentar “coisa” séria.
ResponderEliminarPenso que os coordenadores apostaram numa obra de divulgação, sem pretensões. Neste sentido, é um livro recomendável. Por outro lado, Maria Fernanda Sampaio é mãe de Fernando Luis Sampaio, responsável pela escolha e apresentação, que dedicou o livro à memória de sua progenitora
É, talvez, a visão da cozinha moçambicana à luz da experiência desta família
Finalmente , existem pouquíssimos textos sobre esta matéria. Sabores do Indico é ,na minha perspectiva, um convite a que outros se dediquem ao levantamento e divulgação do património culinário moçambicano
A questão não tem a ver com o livro em si, que não conheço e desejo seja excelente, mas com a definição de cozinha moçambicana. O que é culinária moçambicana? É uma mescla intrínseca das várias culinárias que por aqui passaram, ou um somatório dos vários pratos das outras culturas mais os pouquíssimos modos de preparar alimentos da culinária tradicional? Só na segunda acepção dizer-se que “a cozinha moçambicana reflecte isto ao mais alto grau, com um repositório riquíssimo de receitas da mais alta índole gastronómica” corresponde à verdade. A não ser que queiramos considerar o chacuti, as badgias, o sarapatel, as apas, mas também os rissóis de camarão, o bacalhau à Brás, o cozido à portuguesa, o leitão assado… cozinha moçambicana. De facto, seria excelente que todos assim aceitássemos. Na comida e em tudo o resto que nos caracteriza.
ResponderEliminarAo visitante Anónimo sugiro que dê uma olhada ao blog http://navegandoconsabores.blogspot.com. Lerá a introdução e encontrará as primeiras pistas.
ResponderEliminar1)http://navegandocomsabores.blogspot.com/2008/03/chegou-hora.html#comments
2)http://navegandocomsabores.blogspot.com/2008/02/culinria-afro-brasileira_28.html
Se quiser fazer o favor de comentar, o autor do blog, agradece
Desculpe, mas apenas para corrigir uma gralha
ResponderEliminarO endereço correcto é:
http//:navegandocomsabores.blogspot.com
No comentário anterior comsabores aparece consabores
Obrigado
Fui ao Blog, Agry, que agradeço, pois só de lê-lo é saboroso. Vou colher dele algumas ideias.
ResponderEliminarMas olhe. Há dias peguei num livro de receitas tradicionais portuguesas e fiz um doce de ovos, daqueles chamados conventuais, e juntei-lhe castanha de caju. Toda a gente gostou e até me pediram a receita. Penso que foi isto que aconteceu no tempo colonial e nos primeiros anos após a independência, e que, em ambientes muito restritos, continua a acontecer. Mas essas receitas, quase por norma, não chegaram a fazer tradição, nem no sentido amplo do termo. São excepções o piri-piri D. Ana, a galinha à zambeziana, o caril de galinha com amendoim. Infelizmente muito poucas excepções. E a prova aí está: em quais e quantos restaurantes de Maputo pode comer comida típica moçambicana? Que pratos?
Agora sou eu que lhe peço desculpa: piripiri.
ResponderEliminarA cozinha não é um mundo à parte. Tal como outras facetas da cultura dos povos, ela não pode ser impermeável, fundamentalista.
ResponderEliminarNo entanto, tem uma matriz a preservar. E é aqui que reside a sua especificidade.
Não sei se dispôs de tmepo, mas eu também abordava a cozinha urbana e a sua inevitabilidade.
Esta postagem acabou, e ainda bem, por ser muito interessante.