Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "Na hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "hora do fecho" desta semana:
* Morgan Tsvangirai foi submetido a desnecessária humilhação na Presidência da República sendo forçado a passar por um detector de metais instalado pelos oficiais de protocolo e segurança no local. Resta saber se as ordens para tal exagero partiram mais de cima…
* Outra nota de desagrado na Presidência foram as informações, ou mais concretamente a ausência delas. A solícita assessora pouco solícita disse aos escribas que a informação do encontro com o PR na quarta-feira seria disponibilizada na sexta-feira, à partida de Tsvangirai. Fachavor mana…
* Na confusão, Dhlakama soma pontos na área diplomática. Depois da postura de estadista no 5 de Fevereiro e líder piedoso e solidário nas cheias do vale do Zambeze. No batuque fartam-se de perguntar quem são os seus novos assessores…
* Apesar do artigo 33 da lei mãe, que permite de facto vários passaportes aos moçambicanos, o debate da nacionalidade parece uma vez mais estar na ordem do dia. Como arma de arremesso político, como invariavelmente tem acontecido. E a procissão ainda não chegou ao destino…
* O governador de Inhambane, Itai Meque, que não tem aparentemente problemas de nacionalidade, ordenou a mudança do nome da rua que Narciso Pedro, o edil da Maxixe, atribuiu a si próprio. Não será isto ingerência nos assuntos municipais? E se a moda pega? Um dia vamos ver Vaquina a anular as praças Matsangaíssas e ruas Simango, Dhlakama, Celina…
* E mais para sul, Comiche volta a insurgir-se com as alegadas interferências de Rosa da Silva nas suas actividades e reiterou a irrelevância de Maputo ter um(a) governador(a). O edil poderá fazer uma troca de experiências com os seus colegas da Ilha de Moçambique, de Marromeu, de Nacala e da Beira e verificará que não é a única rosa com espinhos.
* Para as paragens do Atlântico, em mais um paraíso que parece bananalândia, o director das aeronáuticas e aeroportos (só há dois) foi forçado a demitir-se por pressão do Primeiro-Ministro. Motivo aparente: deu ordem por telemóvel para abortar a descolagem de um avião da estatal angolana pois havia um passageiro para embarcar. Não riam dos nossos irmãos dos Palop pois por cá houve um general que muitas descolagens fez abortar aos Antonov da Força Aérea.
* Com a entrada no segundo trimestre começou a publicação dos relatórios de contas das empresas do grupo A. Interessante notar o lacrimejar dos nossos bancos que choram o abaixamento das taxas dos Bilhetes do Tesouro, logo menos lucros no exercício. Para o ano há mais 20% de imposto deduzido.
* E na banca há mais uma aquisição de vulto. Um nadador de juventude, irmão de nadadora e futebolista dos “ventoinhas”, filho do chefe dos “cabeças de giz” do tempo colonial vem pôr à prova os conhecimentos adquiridos na universidade onde estudava a filha de Jimmy Carter, a Brown. O jovem já esteve no BIM, foi a Luanda trabalhar para o ABSA e agora regressa como CEO de uma das marcas recentes da praça.
Em voz baixa
* Não é só Tsvangirai que é humilhado. A comunicação oficial, silenciosa no caso do barco chinês, provavelmente porque esperava vê-lo atracar na Beira em apoio ao tio Bob, teve que finalmente dar a notícia do “An Yue Jiang” porque o cachimbo falou do assunto. Como anima ser pau mandado…
* Outra nota de desagrado na Presidência foram as informações, ou mais concretamente a ausência delas. A solícita assessora pouco solícita disse aos escribas que a informação do encontro com o PR na quarta-feira seria disponibilizada na sexta-feira, à partida de Tsvangirai. Fachavor mana…
* Na confusão, Dhlakama soma pontos na área diplomática. Depois da postura de estadista no 5 de Fevereiro e líder piedoso e solidário nas cheias do vale do Zambeze. No batuque fartam-se de perguntar quem são os seus novos assessores…
* Apesar do artigo 33 da lei mãe, que permite de facto vários passaportes aos moçambicanos, o debate da nacionalidade parece uma vez mais estar na ordem do dia. Como arma de arremesso político, como invariavelmente tem acontecido. E a procissão ainda não chegou ao destino…
* O governador de Inhambane, Itai Meque, que não tem aparentemente problemas de nacionalidade, ordenou a mudança do nome da rua que Narciso Pedro, o edil da Maxixe, atribuiu a si próprio. Não será isto ingerência nos assuntos municipais? E se a moda pega? Um dia vamos ver Vaquina a anular as praças Matsangaíssas e ruas Simango, Dhlakama, Celina…
* E mais para sul, Comiche volta a insurgir-se com as alegadas interferências de Rosa da Silva nas suas actividades e reiterou a irrelevância de Maputo ter um(a) governador(a). O edil poderá fazer uma troca de experiências com os seus colegas da Ilha de Moçambique, de Marromeu, de Nacala e da Beira e verificará que não é a única rosa com espinhos.
* Para as paragens do Atlântico, em mais um paraíso que parece bananalândia, o director das aeronáuticas e aeroportos (só há dois) foi forçado a demitir-se por pressão do Primeiro-Ministro. Motivo aparente: deu ordem por telemóvel para abortar a descolagem de um avião da estatal angolana pois havia um passageiro para embarcar. Não riam dos nossos irmãos dos Palop pois por cá houve um general que muitas descolagens fez abortar aos Antonov da Força Aérea.
* Com a entrada no segundo trimestre começou a publicação dos relatórios de contas das empresas do grupo A. Interessante notar o lacrimejar dos nossos bancos que choram o abaixamento das taxas dos Bilhetes do Tesouro, logo menos lucros no exercício. Para o ano há mais 20% de imposto deduzido.
* E na banca há mais uma aquisição de vulto. Um nadador de juventude, irmão de nadadora e futebolista dos “ventoinhas”, filho do chefe dos “cabeças de giz” do tempo colonial vem pôr à prova os conhecimentos adquiridos na universidade onde estudava a filha de Jimmy Carter, a Brown. O jovem já esteve no BIM, foi a Luanda trabalhar para o ABSA e agora regressa como CEO de uma das marcas recentes da praça.
Em voz baixa
* Não é só Tsvangirai que é humilhado. A comunicação oficial, silenciosa no caso do barco chinês, provavelmente porque esperava vê-lo atracar na Beira em apoio ao tio Bob, teve que finalmente dar a notícia do “An Yue Jiang” porque o cachimbo falou do assunto. Como anima ser pau mandado…
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