Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
03 fevereiro 2008
Acesso "étnico" desigual à riqueza no Quénia
4 comentários:
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A senhora Sarah Childress demonstra, nesse seu artigo, como é que o mecanismo de exclusão funciona? Creio que, mais do que afirmar que uma etnia é mais favorecida do que outras, o mais importante era dizer como. Será que um Luo é impedido de entrar na escola ou na universidade por ser Luo? Ou um Luo não pode abrir uma barraca, uma loja ou uma empresa? Será que as empresas de construção civil ou de consultoria não ganham concursos só por serem de Luos?
ResponderEliminarAqui neste país, se alguém perguntar como é que funcionava o mecanismo de exclusão colonial, qualquer pessoa próxima dos 50 anos poderia explicar sem gaguejar. Haviam empregos e posições reservados para os colonos. Joaquim Chissano chegou a ser o único negro a frequentar o maior liceu do país. Havia o trabalho forçado mal pago, para os moçambicanos.
Como é que funciona o mecanismo de exclusão no Kenya?
Obed L. Khan
Os Luos devem ser os Machanganes lá da terrinha. E não é verdade que Chissano fosse o único negro a frequentar um liceu, havia mais outros do que pensa como o Guebuza e o Mocumbi, no antigo António Enes. Sem contar com o antigo Liceu Salazar e outros liceus da antiga colónia.
ResponderEliminar(Observador Ndau)
Existe de forma cega a intenção de negar que o sul é mais favorecido em Moçambique. Que é para lá que se concentram os "grandes". Como disse é uma "intenção cega". Queria ver alguém não do sul a defender o contrário. Que o digam governante não do sul a governarem no sul. Gente eu acho que é essa atitude que faz com que dum momento para outro surjam casos como do Quénia. Devíamos parar de minimizar os problemas. Deixar de mistificar as coisas. Olha Xongondo a desabafar!!!! Não é promover tribalismo não. ele já existe em algun lugar dentro de nós.
ResponderEliminarProvavelmente o observador Ndau pode apontar uma mancheia de moçambicanos que frequentavam o Liceu no período a que me refiro. Mesmo negar (não sei com que fundamento) que Chissano chegou a ser o único negro a frequentar o maior liceu de Moçambique. Não creio, todavia, que negue os mecanismos de exclusão que indiquei (que nem eram os únicos).
ResponderEliminarA pergunta permanece: a tal Sarah mostrou como funcionam os mecanismos de exclusão étnica no Kenya? Ou como funcionam eles em Moçambique. A melhor maneira de combater um fenómeno negativo é saber como ele se manifesta. Aparecer e dizer que no Kenya há exclusão étnica no acesso aos recursos é pouco.
Obed L. Khan