A maneira mais fácil de encarar as cheias é vê-las como um mal do qual nos devemos afastar. Dentro dessa maneira existe a sub-maneira - deixem-me dizer assim - de encararmos os camponeses como crianças ou como seres retrógados que têm de ser ensinados a precaverem-se das coisas más que nós, os técnicos, os salvadores emergenciais e os seres caridosos, sabemos que assim são, coisas más. Porém, existe uma maneira de ver as cheias não como mal a afugentar, mas como um bem a tentar domesticar e aproveitar. Creio que foi nesse espírito preventivo, alternativo e educador que o falecido Professor José Negrão (Faculdade de Letras e Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal) escreveu o texto que ireis ler, com o título "O Impacto sócio-económico das cheias", tema da "oração de sapiência" por ocasião da abertura do ano lectivo 2001-2002 na Universidade Eduardo Mondlane. Importe aqui (obrigado ao FL pelo envio; "Savana" de hoje, p. 12).
Nota: o título da postagem é da minha responsabilidade. No "Savana", o título é "Viver longe delas ou com elas" e o antetítulo é "Um debate actual sobre as cheias".
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