Outros elos pessoais

16 maio 2007

Comadres desavindas


"O fórum das Organizações Não-Governamentais (LINK) declina qualquer tipo de responsabilidade com relação ao que rotulou de espírito de movimentos “estranhos”, verificados em quase todas as províncias do país, alegadamente protagonizados pelo Observatório Eleitoral e requerer a anulação das 15 candidaturas à Comissão Nacional de Eleições, apuradas por aquela organização cívica."
Prevejo que, nestas águas turbulentas da civil sociedade da LINK e do OE, haverá luta cerrada entre Viana Rodrigues da LINK e o ex-reitor da UEM, Brazão Mazula, do Observatório Eleitoral.
Enquanto isso, outro comadrismo desavindo parece despontar com Fernando Mazanga da Renamo acusando a Frelimo de manobras dilatórias a propósito das eleições provinciais.
E aqui está uma das virtudes do conflito: une as pessoas, coloca-as a dialogar. Pois é: façam de conta de que é um xicuembo de Georg Simmel a falar por mim.

4 comentários:

  1. Nas primeiras comadres: Dhlakama não tem razão pelo menos aqui? Admiro-me do porquê estas organizacões nunca responderam as provocacões do Dhlakama ao declarar que em Mocambique não havia Sociedade Civil, mas organizacões de massa da Frelimo. Entendo que na discussão sobre a lei eleitoral estas organizacões (LINK e OE) sabiam que se proporiam a indicar os membros. Então, porquê nunca procuraram convencer os partidos da oposicão que seriam transparente? A LINK, na pessoa do sr José Viana, foi reportada no Canal de Mocambique como agente do SNASP algo que nada tem a ver com SISE. O tal Viana foi sugir ao SISE que trabalhasse como SNASP, pois que devia controlar os movimentos do Benjamim Pequenino (http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=0&id=&idRec=1361)... então, é este que reclama de representar a sociedade civil. A lista dos propostos contem caras de gente que de eleicões transparentes nada têm. Enfim, o que se quer é mais abstencões para que a oposicão se reduza a nada.

    Sobre as segundas comadres: não chego nunca de entender se quem pensa melhor é aquele que acha que as eleicões não podem ter lugar este ano ou não, independemente do que a Constituicão da República diz. Também não percebo se é a Frelimo ou a Renamo que ainda não está preparada para estas eleicões ou mesmo para as autárquicas. Vou REFLECTINDO, mas parece-me que o que se quer é também mais abstencões para que a oposicão se reduza a nada.

    ResponderEliminar
  2. A minha questão não tem nada a ver com o que o Viana fazia ou faz como espião, se é que de facto é um da secreta. O que me espanta é o protagonismo que ele ou a sua organização pretende assumir no processo da nomeação de candidatos ao CNE.

    Tenho em mim que a LINK nunca antes mostrou competência ou apetência para a organização do processo de nomeação de candidatos. Essa tarefa, bem ou mal, foi sempre levada a cabo pelo Observatório Eleitoral, que me parece ter, no processo, acumulado uma valiosa experiência. Enquanto isso, a LINK do Sr Viana vinha-se debatendo com problemas internos - aínda se recordam dos golpes e contra-golpes dentro da instituição? dos alegados desvios de dinheiro?

    Estou a procurar a motivação do Se Viana no meio disso tudo, mas não a encontro e não me atrevo a especular. Vivemos de muitas desconfianças e não apresentamos provas. É por isso que o Sr Viana está a falar de movimentos "estranhos" e não diz o quê os carecteriza, e nem porquê. O ditado diz que vale a pena o diabo que conhecemos do que o que não conhecemos - preciso de dizer mais?

    ResponderEliminar
  3. Desde que se tornou presidente da LINK, Viana tem procurado a notoriedade pública. De qualquer das formas, já neste diário coloquei um reparo a propósito da selecção de candidatos da "sociedade civil" para integrarem a CNE.

    ResponderEliminar
  4. Em uma das discussoes que tive no meu local de trabalho, lembro-me de alguem questionado.."quem era a sociedade civil? Como poderiamos integrar essa sociedade civil nas nossas analises?". Confesso que fiquei perplexo e achava esta pergunta injustificada, porque nao haviamos feito o suficiente para encontrar os "representantes" da sociedade civil, e achava que essa sociedade civil, era uma forca organizada era identificavel e poderia ser trazida a mesa das discussoes.

    Este processo eleitoral me deixa ainda mais preplexo.

    SP

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.