Os partidos políticos da oposição estão em crescentes dificuldades no país e, ainda por cima, os seus membros não conseguem chegar a posições de topo no aparelho de Estado, o que, segundo Máximo Dias, presidente do partido Monamo, faz com "se sintam marginalizados e frustrados, pois, tecnicamente até têm capacidade para ocupar tais postos”.
Uma tragédia tenebrosa, sem dúvida. Por isso, com as portas fechadas na casa dos recursos de poder e dos tachos prebendais, urge encontrar alternativas e procurar no mercado aquilo que é rentável. E o que é rentável já o faustoso Yá-Qub Sibindy descobriu: a luta contra a pobreza. É, agora, a vez de Máximo Dias.
Resta a Renamo, o único partido que se mantém, efectivamente, na oposição, sejam quais forem os seus deméritos. Mas ainda sem uma fundação de luta contra a pobreza (absoluta, claro).
Enquanto isso os minúsculos partidos que se dizem da oposição mas cujos programas são apenas um mau copiado parágrafo do programa da Frelimo, tentam saber ainda por que águas navegar, agora que, como as estivais formigas que ganham periodicamente asas, surgiram nas margens das eleições para serem como as rosas de Malherbe e viverem pelo menos uma breve manhã.
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