Se já é uma tarefa complexa e delicada compreender o comportamento de uma pessoa, muito mais complexo e delicado é compreender o comportamento agregado de milhares ou de milhões de pessoas. Ontem como hoje, formar uma identidade comportamental colectiva (uma «unidade psíquica» ou uma «totalidade unitária» como escreveu Georg Simmel) para compreender o comportamento de pessoas que são diferentes como seres sociais, continua a ser um desafio enorme para os estudiosos do social.
Todavia, estamos todos os dias a fazer exercícios de «psiquismo colectivo» (de novo Simmel) e a formar «unidades psíquicas» simples a partir de alguns fragmentos conhecidos e independentemente das diferenças sociais dos actores, a encontrar coerências das quais está evacuada a espantosa infinidade diária de gestos, actos, pensamentos, condutas individuais e colectivas, etc. É, afinal, a preponderância do espírito de conjunto sobre o espírito de detalhe, como disse Comte.
Isso ao nível quer da sociologia universitária, quer do senso comum.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.