Outros elos pessoais

30 setembro 2017

Faleceu Humberto Coimbra

Faleceu esta madrugada, vítima de doença, o Dr. Humberto Coimbra, esposo da Professora Teresa Cruz e Silva do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane. Foi ginasta de grande mérito na sua juventude e realizou um trabalho de relevo na educação física no País no pós-independência. Paz à sua alma e os meus pêsames à Professora Teresa e aos seus dois Filhos, Alexandre e Pedro.

Uma coluna de humor

Na última página do semanário "Savana" existe uma coluna de ironia - suave nuns casos, cáustica noutros - que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Segue-se um extracto reproduzido da edição 1238, de 29/09/2017, disponível na íntegra aqui.

29 setembro 2017

Um prisma sobre Moçambique

Um prisma sobre Moçambique através do mais recente número de um boletim editado por Joseph Hanlon a conferir aqui.

The Global Competitiveness Report 2017-2018

O nosso país foi colocado em 136.º lugar num total de 137 países, confira aqui.

28 setembro 2017

Um relatório

Confira um relatório deste ano com 130 páginas e o título em epígrafe, aqui.

"Chega de sermos meros provedores de matéria-prima"

"Chega de sermos meros provedores de matéria-prima. Precisamos construir uma visão de longo prazo para a gestão dos nossos recursos." - Filipe Nyusi citado pelo Notícias, aqui.
Adenda: escrevi desde 2007 neste diário vários trabalhos sobre a nossa alma matéria-primal, confira aqui. Destaco o seguinte extracto de um texto de 2007 reproduzido daqui:
"Não se vislumbra qualquer intenção de favorecer a burguesia nacional, de a estimular, de a levar à industrialização, de a proteger. Não, nós parecemos ser definitivamente recolectores, recolhemos impostos e mordomias, construímos as estradas e as pontes para o que vamos exportar. A mentalidade produtora e transformadora, essa fica com os outros. Os nossos genes são feitos de circulação, não de produção industrial endógena. Mas para não perdermos muito a nossa auto-estima, cá temos o capitalismo comercial do vai-ou-racha do chapa 100 e do dumba nengue. E os camarões e as amêijoas e os caranguejos e os leões e os búfalos para turistas que podem pagar pacotes de cinco mil dólares deliciados com o exótico africano. E no que ao conforto toca, sentamo-nos nos sofás que importamos depois de termos exportado a nossa rica madeira. E se não podemos sentar-nos nos sofás, sentamo-nos no senta-abaixo bebendo uma cerveja produzida por capitalistas estrangeiros orgulhosos do selo "made in Mozambique"."

27 setembro 2017

Capital étnico

Um jogo de futebol, por exemplo, é um perfeito exercício de etnicidade espontânea. O capital étnico só intervém quando confrontado com a alteridade. Só se é Costa do Sol na relação, por exemplo, com o Maxaquene. Não se é, portanto, Costa do Sol em si, fora de um percurso histórico, fora de uma relação, de uma confrontação, de uma competição. Se a alteridade deixasse de existir não faria sentido ser Costa do Sol, Maxaquene ou União Desportiva do Songo.

26 setembro 2017

Ensino: qualidade e assiduidade [37]

-"[...] a falta de aplicação das medidas correctivas aos professores faltosos, nos distritos, e a falta de controlo da assiduidade estão entre os factores que ditam o fraco aproveitamento escolar. [...] Quando ao absentismo dos alunos nas escolas, a fonte atribui a culpa aos pais e encarregados de educação que não olham à escola como uma prioridade para os seus educandos." Aqui.
-"[...] o absentismo dos alunos, nas zonas rurais, está ligado a aspectos culturais, como é o caso dos ritos de iniciação, onde as crianças são obrigadas a interromper as aulas para atender as obrigações." Aqui.
-"[…] os diversos estudos que têm sido feitos sobre o assunto, envolvendo entidades públicas e privadas como o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), revelam que os menores, sobretudo os da 1ª a 3ª classe, revelam baixa qualidade de apreensão das matérias. [Sobre este assunto, a ministra do pelouro, Conceita Sortane, disse que os materiais didácticos estão disponíveis e os professores nas salas de aula para ensinar as crianças, não se percebendo o que pode estar a concorrer para os baixos índices de aprendizagem." Aqui.
Número anterior aqui, número inaugural aqui. Observei no número anterior que uma parte significativa do nosso ensino assenta na recusa do que Paulo Freire chamou pedagogia da autonomia. E acrescento agora: na verdade, o mais difícil na educação está, justamente, em criar essa pedagogia, em descolonizar os alunos [para recordar o título de um livro de Gérard Mendel] para os levar pelas estradas da consciência crítica, para os tornar livres dos aguilhões que os formataram e formatam. [fotos reproduzidas com a devida vénia daqui]

25 setembro 2017

Uma crónica semanal

Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Nota: "Fungulamaso" (=abre o olho, está atento, expressão em ShiNhúnguè por mim agrupada a partir das palavras "fungula" e "maso") é uma coluna semanal do "Savana" sempre com 148 palavras na página 19. Confira na edição 1237 de 22/09/2017, aqui.

24 setembro 2017

Espíritos modernos

Numa das províncias onde estive em 1997 um régulo presenteou-me com uma cerimónia de invocação de espíritos destinada ao mesmo tempo a informá-los da minha presença e a dar-me boa sorte na vida. A invocação foi feita com pombe, cerveja da Namíbia em lata, coca-cola, três bolachas Maria e um cigarro SG. Espíritos modernos e sincréticos, estes.

Prazo termina a 01 de Novembro

No portal da Escolar Editora aqui. Clique na imagem com o lado esquerdo do rato para a ampliar.

23 setembro 2017

Uma coluna de humor

Na última página do semanário "Savana" existe uma coluna de ironia - suave nuns casos, cáustica noutros - que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Segue-se um extracto reproduzido da edição 1237, de 22/09/2017, disponível na íntegra aqui.

22 setembro 2017

Estudo de uma sociedade

Nunca comece o estudo de uma sociedade por aquilo que ela diz, mas por aquilo que ela faz.

21 setembro 2017

Um prisma sobre Moçambique

Um prisma sobre Moçambique através de um texto de Joseph Hanlon a conferir em português aqui e em inglês aqui.

20 setembro 2017

Ciências sociais

As ciências sociais são tentativas para transformar em ponto final aquilo que é sempre uma vírgula.

19 setembro 2017

Ensino: qualidade e assiduidade [36]

-"[...] a falta de aplicação das medidas correctivas aos professores faltosos, nos distritos, e a falta de controlo da assiduidade estão entre os factores que ditam o fraco aproveitamento escolar. [...] Quando ao absentismo dos alunos nas escolas, a fonte atribui a culpa aos pais e encarregados de educação que não olham à escola como uma prioridade para os seus educandos." Aqui.
-"[...] o absentismo dos alunos, nas zonas rurais, está ligado a aspectos culturais, como é o caso dos ritos de iniciação, onde as crianças são obrigadas a interromper as aulas para atender as obrigações." Aqui.
-"[…] os diversos estudos que têm sido feitos sobre o assunto, envolvendo entidades públicas e privadas como o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), revelam que os menores, sobretudo os da 1ª a 3ª classe, revelam baixa qualidade de apreensão das matérias. [Sobre este assunto, a ministra do pelouro, Conceita Sortane, disse que os materiais didácticos estão disponíveis e os professores nas salas de aula para ensinar as crianças, não se percebendo o que pode estar a concorrer para os baixos índices de aprendizagem." Aqui.
Número anterior aqui, número inaugural aqui. Observei no número anterior que uma parte significativa do nosso ensino, aí compreendido o superior, assenta nos processos de memorização e de repetição mecânica. E acrescento agora: por outras palavras, assenta na recusa do que Paulo Freire chamou pedagogia da autonomia  [foto reproduzida com a devida vénia daqui]

18 setembro 2017

Uma crónica semanal

Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Nota: "Fungulamaso" (=abre o olho, está atento, expressão em ShiNhúnguè por mim agrupada a partir das palavras "fungula" e "maso") é uma coluna semanal do "Savana" sempre com 148 palavras na página 19. Confira na edição 1236 de 15/09/2017, aqui.

Um prisma sobre Moçambique

Um prisma sobre Moçambique através do mais recente número de um boletim editado por Joseph Hanlon a conferir aqui.

17 setembro 2017

Paixões partidárias

Quanto mais fortes são as paixões partidárias, mais pobres são as análises políticas.

16 setembro 2017

Uma coluna de ironia

Na última página do semanário "Savana" existe uma coluna de ironia - suave nuns casos, cáustica noutros - que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Segue-se um extracto reproduzido da edição 1236, de 15/09/2017, disponível na íntegra aqui.

15 setembro 2017

"Raça" e racismo

Quando dizes que a tua "raça" é tão válida quanto as "outras" e por ela e para ela crias dias, festas e símbolos, mais não fazes senão alimentar os trilhos do racismo no preciso momento em que julgas combatê-lo. Quando em outrem vês não uma pessoa mas uma "raça", estás absolutamente prisioneiro do quadro mental do racismo, por mais puras que entendas serem as tuas acções e por mais suave que seja a tua linguagem. Em cada defesa racial viaja, sem parar, tenaz, o barco do racismo. No fundo, não é a "raça" que gere o racismo, é este que gere "aquela". Ao manteres e defenderes as relações sociais que a cada momento racializam o social, o teu combate contra o racismo é apenas uma ilusão, uma aspirina que, momentaneamente, atenua a dor racial, mas não a cura nem a curará.

14 setembro 2017

Ensino: qualidade e assiduidade [35]

-"[...] a falta de aplicação das medidas correctivas aos professores faltosos, nos distritos, e a falta de controlo da assiduidade estão entre os factores que ditam o fraco aproveitamento escolar. [...] Quando ao absentismo dos alunos nas escolas, a fonte atribui a culpa aos pais e encarregados de educação que não olham à escola como uma prioridade para os seus educandos." Aqui.
-"[...] o absentismo dos alunos, nas zonas rurais, está ligado a aspectos culturais, como é o caso dos ritos de iniciação, onde as crianças são obrigadas a interromper as aulas para atender as obrigações." Aqui.
-"[…] os diversos estudos que têm sido feitos sobre o assunto, envolvendo entidades públicas e privadas como o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), revelam que os menores, sobretudo os da 1ª a 3ª classe, revelam baixa qualidade de apreensão das matérias. [Sobre este assunto, a ministra do pelouro, Conceita Sortane, disse que os materiais didácticos estão disponíveis e os professores nas salas de aula para ensinar as crianças, não se percebendo o que pode estar a concorrer para os baixos índices de aprendizagem." Aqui.
Número anterior aqui, número inaugural aqui. Escrevi no número anterior ser possível defender que uma parte significativa do nosso ensino, aí compreendido o superior, assenta em processos de memorização e repetição mecânica. E acrescento agora: para dizer por outras palavras, assenta na recusa do que Paulo Freire chamava "pedagogia da autonomia"  [foto reproduzida com a devida vénia daqui]

13 setembro 2017

Futuro de um país

Bom é para o futuro de um país quando se discute não tanto o que é, mas o que pode/deve ser. É aí – nesse questionamento, nesse plebiscito diário, nessa vertigem do futuro - que pode habitar uma das dimensões da eterna juventude de uma nação e do seu pleno desenvolvimento, desenvolvimento medido não em termos de riquezas naturais, mas de riquezas cognitivas e transformadoras.

12 setembro 2017

Impressionante

É impressionante a dimensão do fenómeno relatado neste jornal aqui.

Ensino: qualidade e assiduidade [34]

-"[...] a falta de aplicação das medidas correctivas aos professores faltosos, nos distritos, e a falta de controlo da assiduidade estão entre os factores que ditam o fraco aproveitamento escolar. [...] Quando ao absentismo dos alunos nas escolas, a fonte atribui a culpa aos pais e encarregados de educação que não olham à escola como uma prioridade para os seus educandos." Aqui.
-"[...] o absentismo dos alunos, nas zonas rurais, está ligado a aspectos culturais, como é o caso dos ritos de iniciação, onde as crianças são obrigadas a interromper as aulas para atender as obrigações." Aqui.
-"[…] os diversos estudos que têm sido feitos sobre o assunto, envolvendo entidades públicas e privadas como o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), revelam que os menores, sobretudo os da 1ª a 3ª classe, revelam baixa qualidade de apreensão das matérias. [Sobre este assunto, a ministra do pelouro, Conceita Sortane, disse que os materiais didácticos estão disponíveis e os professores nas salas de aula para ensinar as crianças, não se percebendo o que pode estar a concorrer para os baixos índices de aprendizagem." Aqui.
Número anterior aqui, número inaugural aqui. Passo a mais um factor. Creio ser possível defender que uma parte significativa do nosso ensino, aí compreendido o superior, assenta nos processos de memorização e de repetição mecânica. [foto reproduzida com a devida vénia daqui]

11 setembro 2017

Uma crónica semanal

Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Nota: "Fungulamaso" (=abre o olho, está atento, expressão em ShiNhúnguè por mim agrupada a partir das palavras "fungula" e "maso") é uma coluna semanal do "Savana" sempre com 148 palavras na página 19. Confira na edição 1235 de 08/09/2017, aqui.

10 setembro 2017

Uma página de ironia

Existe no Faísca [jornal editado em Lichinga, capital provincial do Niassa] uma página de ironia - suave nuns casos, cáustica noutros - que se chama "Kucela" [em Yaawokucela significa amanhecer]. Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. [amplie a imagem abaixo clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato].
Nota às 19:44: o jornal tem a data de ontem, mas o kucela tem a data de 26 de Agosto. Esta última data deve estar errada. 

Concurso mundial em língua portuguesa

No portal da Escolar Editora aqui. Clique na imagem com o lado esquerdo do rato para a ampliar.