Quinto e último número da série aqui. Escrevi no número anterior que quando as coisas não correm bem numa equipa é frequente o treinador e/ou o presidente do clube evacuarem do árbitro a sua idoneidade e a sua competência para o determinarem pela aleivosia e pelo comando secreto sobre ele exercido pelo adversário ou pelos adversários. Na verdade, em lugar de procurarem internamente as causas e os contextos dos problemas e das falhas da equipa, procuram-nos no exterior, especialmente no árbitro. É com esse económico processo de transferência e de busca de um bode expiatório que justificam, para si e para as hostes da equipa, os desaires sofridos. E muito raramente admitem que os desaires sofridos não têm a ver com o árbitro mas com a qualidade de jogo da equipa adversária.
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