Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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17 julho 2016
Brexit: o regresso da alma tribal [4]
Número anterior aqui. Propus, já, que atrás das uniões e das nações formalmente consolidadas habitam, afinal, tribos irredutíveis. Se uma parte dos Ingleses votou pela desvinculação da União Europeia, de imediato habitantes da Escócia, da Irlanda do Norte e - facto inédito - da própria capital inglesa, Londres, declararam querer ser independentes do Reino Unido e permanecer na União Europeia. O problema fundamental nesta história mestiça de histórias antigas e modernas - que nunca são nem unilineares nem unívocas - tem menos a ver com um conflito geracional, com um despique pela preeminência económica ou com o desejo de pertença à União Europeia, do que com o reacender das almas tribais, com os micronacionalismos ampliando e modernizando as velhas almas do homo clausus de muitos de nós e rejeitando as uniões formais das grandes instituições pan-nacionais do tipo UE. Acresce que esse é, não poucas vezes, um dos destinos da direita xenófoba e fascista [cartune reproduzido com a devida vénia daqui]
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
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