Comentário: num dos seus livros, Karl Marx escreveu o seguinte: "Hegel fez algures a observação de que os grandes acontecimentos e as personagens históricas repetem-se por assim dizer duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: na primeira vez como tragédia, na segunda como farsa." (Le 18 de Brumaire de Louis Bonaparte. Paris: Éditions Sociales, 1969, p.15).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
19 julho 2015
A história repete-se duas vezes
Comentário: num dos seus livros, Karl Marx escreveu o seguinte: "Hegel fez algures a observação de que os grandes acontecimentos e as personagens históricas repetem-se por assim dizer duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: na primeira vez como tragédia, na segunda como farsa." (Le 18 de Brumaire de Louis Bonaparte. Paris: Éditions Sociales, 1969, p.15).
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Repete-se e como...
ResponderEliminarO progresso tecnológico do mundo, a baixíssima qualidade dos nossos sistemas de ensino com particular saliência nas universidades, a marginalização das poucas capacidades locais com base em critérios geralmente etno partidários , conduzem claramente à necessidade de reactivaçao da figura de "cooperante" seja qual for a nova designação.
O Zimbabwe, um dos poucos países da África subsaariana com um capital humano invejável , optou por deportar a massa crítica nacional na esperança de que bastaria substituir um cérebro crítico por uma bunda de estimação numa cadeira confortável para gerir o país. Falhou. E pela voz do mentor da reforma agrária o Zimbabwe confessa que deixa cair a toalha ao chão no campo da soberania econômica. A imagem acima deve ser invertida.
Vi o mesmo em Chimoio na década 90. O Sr Magalhães - que Deus o tenha em sua Paz-da Textafrica, expulso como explorador mor em 1975 foi recebido sobre um Tapete Vermelho pelo então Governador Sr Artur Canana - que Allah o tenha em sua infinita Bondade- para reactivar a fábrica que sempre foi centro vital de Chimoio a qual tínhamos paralisado (muitos invocarão a guerra como razao) pela mão de gestoras , alguns hoje ministros.
Na viagem presidencial moçambicana em curso, este recrutamento de cooperantes portugueses para a economia moçambicana é designada abertura de Moçambique para o investimento Português. O que era então e em termos econômicos o colonialismo? Precisamente o investimento de potências conquistadoras em territórios desestruturados e pejados de recursos naturais para benefício de pessoas e da Metrópole. No caso de Moçambique e as outras colônias portuguesas, para benefício de Portugal.
Quem é ingênuo a ponto de acreditar que depois das nacionalizações de 1976, as expulsões de famílias inteiras que não pertenciam a PIDE ou ao exército português em 24 horas e 20 Kilos de uma vida inteira de labuta, a cooperação entre Portugal e Moçambique pode acontecer sem mágoas e numa postura de win-win?
Sobretudo na área das engenharias cooperantes vão ser um facto porque as nossas universidades só estão a ensinar como se fazem diferentes nós de gravata. O "África surge et. ambula" de José ainda não foi percebido 50 anos depois. O nosso sono continua mais que terreno!
A história repete-se SIM.
Nao sei se voltam. Muitos deles estao agora bem instalados na Zambia onde ate requereram e lhes foi concedida a nacionalidade. Por outro lado, o governo Zambiano agradece, pois para alem do emprego que dao, estao agora a exportar para o Zimbabwe! E esta hein?
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