Outros elos pessoais

01 novembro 2014

Ante a profecia nãorealizável da Renamo: o que vai agora suceder? (11)

-"[...] Desta vez a vitória é nossa, uma vez que as condições já estão criadas para o efeito. A vossa presença massiva (no comício) mostra claramente que Dhlakama já é inquilino da Ponta Vermelha. E isso está fazer com que alguns candidatos respirem fundo. No dia 15 vamos apenas às urnas confirmar a nossa vitória”, disse o candidato da Renamo."Aqui.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Décimo primeiro número da série. Passo ao nono e penúltimo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 9. Impacto da violência física e simbólica adversária. É provável que seja uma boa hipótese a seguinte: toda a Renamo - dos dirigentes aos militantes e simpatizantes de base, incluindo o seu Chefe -, acreditou que, desta vez, a vitória eleitoral estava absolutamente garantida, seja a vitória do chefe, Afonso Dhlakama, seja a vitória do partido. Três fenómenos geraram, conjugados, essa crença: primeiro, o período espartano, o neoperíodo das montanhas agrestes e castrenses do Chefe em luta guerrilheira contra o governo central, período que a Renamo sentiu vitorioso face aos ganhos obtidos nas negociações havidas no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, cidade de Maputo; segundo, as multidões - curiosas umas, simpatizantes outras - que acompanharam a passagem e os comícios do Chefe; terceiro, as declarações categóricas do Chefe no sentido de que já vencera as eleições. Porém, a profecia não se realizou, nem Dhlakama nem a Renamo venceram. E foi no desânimo - acompanhado pelo grito de raiva reactivado desde 1994 de que houve fraude - que deve ter repercutido a prolongada violência física e simbólica adversária. O que pretendo dizer com isso? Prossigo oportunamente neste ponto.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.