Outros elos pessoais

04 maio 2014

De novela em novela

A certas horas da noite (e, provavelmente, também a certas horas do dia), não importa em que ponto urbano do país, tudo pára. Chegou a hora da missa profana, do ritual ansiado, a hora da sagrada novela brasileira. Todos os dias, milhares de moçambicanos esquecem a sua vida real e novelizam-se, brasileirizam-se, tornam-se outros sendo eles e apesar deles. Afinal não há aqui, neste país, tantas coisas parecidas? Não há aqui, também, o húmus do que vemos, sentimos, odiamos, ansiamos nos écrans? E assim vai este Moçambique, de real em real, de novela em novela.

2 comentários:

  1. Inculturação ou fuga de uma mui dura realidade?
    A coisa já vem da dedicada 70 com aquelas estúpidas fotonovelas com que algumas pessoas teatralizavam os seus próprios dramas.

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  2. O Poder da comunicação social e dos grandes grupos económicos que a dominam. Servem os interesses dos senhores do mundo. São os novos cães de guarda, no dizer de Serge Halimi

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