De acordo com uma história aparentemente fenícia citada por Platão, haveria que ensinar nas escolas a «nobre mentira» (sic) de que os seres humanos vieram ao mundo todos irmãos mas feitos de metais diferentes, a saber: o ouro para os que deviam comandar, uma mistura de ouro e de prata para os auxiliares e uma mistura de ferro e de bronze para os trabalhadores. Como a vida se poderia encarregar de misturar os metais, haveria, então, que vigiar todo o processo de montante a juzante e pôr rapidamente cobro a qualquer tipo de alteração da ordem social. [Platon, La République. Paris: GF-Flammarion, 1966, pp. 166-167].
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
04 novembro 2013
A "nobre mentira" de Platão
De acordo com uma história aparentemente fenícia citada por Platão, haveria que ensinar nas escolas a «nobre mentira» (sic) de que os seres humanos vieram ao mundo todos irmãos mas feitos de metais diferentes, a saber: o ouro para os que deviam comandar, uma mistura de ouro e de prata para os auxiliares e uma mistura de ferro e de bronze para os trabalhadores. Como a vida se poderia encarregar de misturar os metais, haveria, então, que vigiar todo o processo de montante a juzante e pôr rapidamente cobro a qualquer tipo de alteração da ordem social. [Platon, La République. Paris: GF-Flammarion, 1966, pp. 166-167].
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O problema começa quando quem toma o comando é apenas barro dourado com punhos de ferro. Aí ai do ouro e ate do bronze.
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