Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
24 outubro 2013
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Uma vez, na loja Interfranca para Diplomatas apareceu um homem com um bebê ao colo e expressão de pai preocupado. Foi a uma prateleira e pegou numa lata de 1,5 kg de leite Lactogen -era a única loja que tinha produtos alimentares básicos e os outros- e dirigiu-se ao Caixa a quem apresentou o valor correspondente o preço do produto... em Meticais. Como la só se aceitavam dólares americanos, o caixa disse que não podia concluir a transação . Com muita polidez- própria de ambientes diplomáticos- foi-se instalando aquele mal estar que afecta todos, aos com direitos, os briosos cumpridores do dever, o centro de interesse, as autoridades e espectadores. Um dizia que precisava de leite para o bebê e o Sistema dizia que ele não tinha direito a leite para o filho. Diante dos olhos dos representantes do Mundo.
ResponderEliminarJá se preparava o braço armado do sistema que ficava sempre nas imediações da porta de entrada para desenfestar a loja quando um cliente Doador pagou em dólares a lata do homem e mais uma. Não foi espetacular mas foi visível a distensão do ambiente. Até os comentários foram em surdina como que envergonhados.
Dessa cena retenho ainda a pergunta: De que é capaz um pai com uma cria por alimentar?
Uma síntese brilhante! Não é possível ficar indiferente
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