Outros elos pessoais

24 outubro 2013

Cenários pós-Santungira (3)

Terceiro número da série. Prossigo no primeiro dos cinco pontos do sumário proposto no número inaugural, com a indicação expressa de que em todos eles apenas terei em conta pequenas hipóteses que, absolutamente, precisam ser testadas. 1. O significado de Santungira. Escrevi no número anterior que Santungira era o ícone de um certo futuro abraçado a um presente trabalhando ao ritmo do passado. O que pretendo dizer com tão enigmática frase? Vou tentar a resposta. Como que para substituir a densidade axiomática das expressões duramente castrenses ("quartel-general", "base"), surgiu em certos círculos uma outra expressão, única na gíria política moçambicana, a saber: "academia política de Santungira". Perante tão singular expressão, como encontrar o real significado de Santungira, agora que Afonso Dhlahama provavelmente reescalou as montanhas da Gorongosa (como já o fizera nos anos 70 e 80 do século passado), um pouco como Espártaco o fez em relação às de Petélia? Se não se importam, prossigo amanhã.
(continua)

1 comentário:

  1. Na década 80 foi tomada a Casa Banana. Samora Machel , então Comandante Chefe das FPLM proclamou: " partimos a espinha dorsal do inimigo; falta pouco, muito pouco para lhe deceparmos a cabeça." Nessa ocasião, reportaram os jornais, Dhlakhama conseguiu fugir, de mota, disse-se.A única coisa que se apanhou caída da cabeça dele foi um par de óculos de vista.
    Entretanto Samora foi assassinada por mãos externas ao eu se crê ( não se sabe ainda se por mentes e planos também externais) e o "bicho"' aparentemente com a espinha dorsal profundamente lesionada, continuou a sua guerra até aza portas de todas as cidades e vilas. Oficialmente sem a espinha dorsal , o inimigo conseguiu arrastar todo um Governo muito soberano e as suas gloriosas Forças Armadas para Roma. Para conversar sobre as diferenças internas de um mesmo Povo.
    Todo este intróito para dizer que não basta tomar bases é preciso integrar as populações. Guerrilheiros não se recrutam, motivam-se. Os guerrilheiros não têm uma comissão de serviço , têm uma Causa.
    PS: diz um adágio popular " fruta grande e mulher bonita ninguém come sozinho" . As riquezas ( ou, se preferirem, as pobrezas) nacionais TÊM DE SER EQUITATIVAMENTE SENTIDAS.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.