Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 junho 2012
Forças do invisível na produção de prova
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Ab hoc et Ab hac...
ResponderEliminarA questão é: que outro recurso estaria à disposição dos juizes para apuramento da verdade material? A autópsia? Não me parece. A AMETRAMO? Seria a Associação de forças invisíveis suficiente para a produção de prova material no julgamento do falecimento-homicídio? Também não me parece.
ResponderEliminarSupondo que juizes, queixosos, reus e defuntos são tudo pessoas normais, por que razão não se acreditou logo na hipotese de falecimento natural de uma criança? Que sinais indiciaram a intervenção de espiritos? Que acaso ofereceria uma morte a uma desejada vingança da homicida confessa?
Esta coisa de espiritos tem o que se lhe diga; Na Escola Kisse Mavota em Maputo governantes e líderes associaram-se para acalmar espiritos que andavam a fazer das suas às meninas até ao desmaio. Em Muelé- Inhambane, também numa escola, houve que colectar recursos para negociar tréguas com espiritos por outra evidência de interferência das forças do invisível no quotididiano da instituição.
Talvez que o Código sob o qual estes juizes julgam lhes permita validar a confissão sem a formalidade do contraditório.
Vida de nós nestes dias todos.
ResponderEliminarE profecia cumpre-se. "...As novas elites africanas do sec. XXI apontam para uma «retradicionalização», que conduzirá a uma forma de modernidade especificamente africana baseada, em parte, na etnicidade, na feitiçaria e no clientelismo in "CHABAL, P., e DALOZ, J. P. (1999), Africa Works: Disorder as a Political Instrument, Oxford
ResponderEliminare Indianapolis."