Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 fevereiro 2012
Por que a crise atual é maior que a dos anos 30
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Belo trabalho.
ResponderEliminarTemos de nos precaver nos nossos países.
ResponderEliminarNa Guerra Muitas Coisas Crescerão
ResponderEliminarFicarão maiores As propriedades dos que possuem
E a miséria dos que não possuem
As falas do chefe
E o silêncio dos guiados.
Bertolt Brecht
Na verdade, os moinhos de vento criados pela crise civilizacional em que vegetam a Europa e os EUA são corolário de dois factores sistémicos que fê-los convergir oportunisticamente para Teerão. O primeiro, é a falência do modelo social avançado daqueles países por conta da diminuição drástica do seu crescimento económico em favor dos BRICS. O segundo e talvez o mais importante de momento, é a perda progressiva do controlo das fontes energéticas mundiais a favor igualmente dos BRICS. E enquanto o primeiro factor é susceptível de resolução com aplicação de medidas políticas no quadro comunitário europeu e EUA, como uma "sobretaxa social" sobre os produtos importados aos BRICS para aumentar a competitividade dos bens manufacturados da Europa e os EUA e assim, reestabelecer artificialmente o equilíbrio de outrora na sua balança comercial que a OMC, FMI lhes pareciam ter eternizado. Atitude desesperada, como se evidencia nesta notícia aqui: http://rt.com/news/merkel-china-visit-support-303
Já o segundo factor sistémico do pesadelo europeu depende do controlo efectivo dos meios de produção, o que não tem sido possível nos últimos tempos. Mas com a situação na Líbia mais ou menos estabilizada pelo (des) governo satélite do CNT e a extracção do seu crude já penhorada no pagamento das dívidas de guerra aos libertários da NATO, ideia que é reforçada com o anúncio do recente desembarque de 12 mil marines na Líbia, para fazerem a protecção exclusiva das instalações petrolíferas. o mundo ocidental acredita que é chegado o momento de atacar o Irão, para criar escassez do crude no mercado e o consequente aumento do seu preço, oportunidade que os EUA não deixarão de aproveitar para fortalecer o dólar, moeda cuja commodity de referência à muito que deixou de ser o ouro para se tornar no instável crude, prevalecendo afinal um milagre com 150 anos de idade, que é outorgar a um estado economicamente falido o título de centro financeiro mundial.
E chegados aqui até poderíamos falar de um terceiro factor sistémico do pesadelo europeu, criado por eles próprios: http://rt.com/news/iran-india-gold-oil-543
Por isso é que estou convencido que o ensaio geral de uma Terceira Guerra Mundial poderá ter como palco o Irão...
P.S.
Recomendo a leitura dos comentários às noticias também...