Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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16 outubro 2011
"Ocupar Wall Street" na China
Segundo o portal chinês Utopia, pensionistas de Zhengzhou, cidade chinesa de 7,1 milhões de habitantes, manifestaram-se dia 6 oferecendo suporte ao movimento "Ocupar Wall Street". Portal em chinês aqui, portal com fotos em inglês aqui.Para traduzir, aqui. Recorde neste diário aqui e aqui. Adenda às 11:04: em Nova York, o prefeito Bloomberg recuou na intenção de desalojar os manifestantes da Praça Liberdade. Aqui. Adenda 2 às 14:59: ABCNews, aqui. Adenda 3 às 15: FOX6aqui. Adenda 4 às 18:29: duas frases no blogue do Paulo Granjo a propósito da manifestação em Lisboa, aqui.
"Há mais de 1,6 bilhão de pessoas conectadas no planeta, de acordo com a International Data Corporation (IDC). Essa multidão gera dez petabytes de informações diariamente, quantidade equivalente a oito vezes o conteúdo das bibliotecas dos Estados Unidos. Entre os celulares, são 4 bilhões de aparelhos em operação, informa a Telecoms & Media. A tecnologia está em todos os lugares, as pessoas falam, blogam, twittam, porém, no final das contas, a eficiência dessa comunicação ainda é uma incógnita. Ao invés de navegar, as pessoas podem naufragar no mar das informações."
Viva, Carlos. Em http://antropocoiso.blogspot.com/2011/10/as-duas-melhores-frases-que-li-ontem-na.html partilhei um conjunto de imagens da manifestação de ontem, em Lisboa, que pode querer também partilhar aqui no seu blogue. Um abraço!
Uma preocupacao comum a todos os indignados e candidatos a indignacao (eu inclusive). Porque e que a classe media tem de ser sacrificada para salvar e reforcar o poder financeiro mundial?! Eis a questao.
Respostas possiveis?
Alterar o paradigma financeiro mundial assente no Dolar, sustentado no Crude. Dilema. Se se regressar ao Ouro como commodity de referencia? O preco a pagar era ter os EUA na bancarrota. Que alternativa ao dolar hoje? Nenhuma, nem o Euro, Rublo e Yuan tem pujanca para voos de longo curso fora das hermeticas fronteiras da sua esfera economica.
Alternativa derradeira A (visao esquerdista). Regresso da Comuna de Paris e todos recebem por igual. Efeito: guerra civil mundial prolongada. Alternativa derradeira B (visao direitista). Conflito armado mundial convencional de media duracao. Efeito: dar mais empregos e aumentar o consumo energetico mundial, potenciando o dolar. Alternativa C, a mais correcta na minha opiniao. Convencer o capital a transferir a commodity de referencia para questoes ambientais, apostando em energias nao fosseis, como se pretendeu fazer em Copenhaga. Juntando o util ao agradavel...Quem e que ficaria a perder? A classe alta dos emergentes (BRICS) cujo esforco economico se sustenta essencialmente no crude e no carvao. E os trabalhadores (na definicao de Marx) ganhariam alguma coisa? Quase nada, mas salvava-se certamente a classe media!
Pois e. A classe media, aquela que afinal e a responsavel pelo consumo e pelo progresso economico e social de todas as nacoes do mundo. Que justifica a existencia de servicos.
Ja se imaginaram o que seria ter apenas uma classe alta e outra baixa. Eu ja: Patricios & Plebeus. Ou nao classes. Eu ja: Khmer Rouge.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
http://www.canalrh.com.br/revista/revista_artigo.asp?o=%7B272A8E25-A594-4215-B5D4-917BB47AC07B%7D
ResponderEliminar"Há mais de 1,6 bilhão de pessoas conectadas no planeta, de acordo com a International Data Corporation (IDC). Essa multidão gera dez petabytes de informações diariamente, quantidade equivalente a oito vezes o conteúdo das bibliotecas dos Estados Unidos. Entre os celulares, são 4 bilhões de aparelhos em operação, informa a Telecoms & Media. A tecnologia está em todos os lugares, as pessoas falam, blogam, twittam, porém, no final das contas, a eficiência dessa comunicação ainda é uma incógnita. Ao invés de navegar, as pessoas podem naufragar no mar das informações."
Fico espantada com a rapidez com que as coisas se comunicam e se sabem!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarA magia da comunicação: os telemóveis e a NET são, indubitavelmente, a MAIOR invenção da história!
ResponderEliminarViva, Carlos.
ResponderEliminarEm http://antropocoiso.blogspot.com/2011/10/as-duas-melhores-frases-que-li-ontem-na.html partilhei um conjunto de imagens da manifestação de ontem, em Lisboa, que pode querer também partilhar aqui no seu blogue.
Um abraço!
Leia a minha adenda 4...
ResponderEliminarUma preocupacao comum a todos os indignados e candidatos a indignacao (eu inclusive). Porque e que a classe media tem de ser sacrificada para salvar e reforcar o poder financeiro mundial?! Eis a questao.
ResponderEliminarRespostas possiveis?
Alterar o paradigma financeiro mundial assente no Dolar, sustentado no Crude. Dilema. Se se regressar ao Ouro como commodity de referencia? O preco a pagar era ter os EUA na bancarrota. Que alternativa ao dolar hoje? Nenhuma, nem o Euro, Rublo e Yuan tem pujanca para voos de longo curso fora das hermeticas fronteiras da sua esfera economica.
Alternativa derradeira A (visao esquerdista). Regresso da Comuna de Paris e todos recebem por igual. Efeito: guerra civil mundial prolongada. Alternativa derradeira B (visao direitista). Conflito armado mundial convencional de media duracao. Efeito: dar mais empregos e aumentar o consumo energetico mundial, potenciando o dolar. Alternativa C, a mais correcta na minha opiniao. Convencer o capital a transferir a commodity de referencia para questoes ambientais, apostando em energias nao fosseis, como se pretendeu fazer em Copenhaga. Juntando o util ao agradavel...Quem e que ficaria a perder? A classe alta dos emergentes (BRICS) cujo esforco economico se sustenta essencialmente no crude e no carvao. E os trabalhadores (na definicao de Marx) ganhariam alguma coisa? Quase nada, mas salvava-se certamente a classe media!
Pois e. A classe media, aquela que afinal e a responsavel pelo consumo e pelo progresso economico e social de todas as nacoes do mundo. Que justifica a existencia de servicos.
Ja se imaginaram o que seria ter apenas uma classe alta e outra baixa. Eu ja: Patricios & Plebeus. Ou nao classes. Eu ja: Khmer Rouge.
Que haja tino nas nossas cabecas!