O sétimo número da série.
Perguntei no número anterior se as cidades e as ruas podiam ser tomadas como entidades exteriores às relações de produção. Convireis que parece uma questão pueril e desprepositada. Mas tenho para mim que não é, há gente que acha que cidades e ruas são meros conjuntos de pessoas diferentes. Cidades e ruas são ocupadas por pessoas permanentemente inscritas em relações assimétricas de produção e distribuição, relações que nada têm a ver com os postulados abstractos de "unidade", "universalidade", "globalização" e "diferença cultural". Não ter em conta o sóciometabolismo (para usar um termo de István Mészáros) dessas relações é não compreender ao mesmo tempo a unidade e a diversidade das manifestações mundiais de protesto e aspiração a novos tipos de vida.
Com a vossa autorização, prossigo mais tarde.
Militantes do status quo odeiam todos os mészáros que questionam o deixa andar.
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