Outros elos pessoais

07 setembro 2011

Série Tete em fotografia (25) - Chifunde

Prosseguindo esta série fotográfica sobre Tete, da autoria do jurista e ambientalista Carlos Serra Jr, agora com registos do distrito de Chifunde, baseados no dia-a-dia com pessoas e coisas. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

7 comentários:

  1. Os olhares são de profunda tristeza.

    O semblante denuncia uma carga enorme de tristeza. Profunda tristeza.

    Eu próprio estou comovido.

    Alguns dirigentes com os quais confabulo dizem-me o seguinte:

    "Muna, a tua terra está a desenvolver. Estamos a desenvolver Tete. Aquilo está irreconhecível."

    Resposta:

    Reconheço sim alguma mudança, mas, convenhamos senhores dirigentes, desde quando é que mudar a cor (pintura) de um edifícios ou de uma cidade altera a estiagem do estômago dos seus habitantes?

    Esta gente sobrevive de 33 mt por mês, subsídio que é dado pelo governo. Assim se combate a pobreza absoluta, dizem.

    Certa vez perguntei ao poeta, então, chamuale, que dizer desta realidade? Sabendo que ele é apologista do Sistema, respondeu-me:

    "Muna, sem recursos financeiros, hoje, tudo desaparece, até a boa vontade, dos apoiantes históricos. Nenhum castelo foi erguido apenas por vontade, porque simples vontades não são nem almoçáveis nem jantáveis ou matabicháveis".

    Terminei o diálogo com o mesmo sentimento com que vejo esta imagem, zangado.

    Zicomo

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  2. > O Salvador Langa acertou em cheio!

    > Estamos perante o tradicional ciclo da pobreza, mais ou menos assim caracterizado:

    -> Baixa instrução -> baixo nível tecnológico -> baixa produtividade -> baixa renda -> baixa capacidade de intensificação -> baixa produção -> Estagnação -> CONFORMISMO ....

    -> Preocupante é que Chifunde não é um caso isolado: esta é, maioritariamente, a realidade em todo o país.

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  3. O nosso país também tem muita gente como essa escondida pela propaganda intensa do petróleo e dos diamantes.

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  4. Ó pá, basta dizer que a culpa é do colonialismo.

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  5. Caras sem expressão, caras com expressão; caras que expressam tristezas, alegrias, conformismos, mas caras!

    AAS

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