Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
28 julho 2011
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Não queriam ou não querem Mauricanos fazer isso aqui?
ResponderEliminarUma tristeza tudo isto!!!!!!!!!
ResponderEliminarTemo que o fenomeno de expropriação de terras à população indígena esteja também a ocorrer aqui. Pode não envolver a polícia do governo como tal pois a própria lei de terras e uma quase endógeno-cultural preguiça favorecem o ambiente.
ResponderEliminarA nossa lei de terras é charmosa sobretudo naquele determinante passo de consulta comunitária em que o requerente- o investidor - expõe o seu projecto e os dividendos para a comunidade. Normalmente é secundado pelas lideranças que enfatizam as vantagens de exploração daquele recurso, de qualquer modo, ocioso.
Segue-se a cerimónia tradicional, uma especie de conexão via Facebook do líder com os ancestrais, onde, com um password normalmente contendo sangue de um animal, farinha, tabaco e alcool, lhes é comunicada a vantagem de entregar a terra.
Depois é a farra dos vivos (vinho e carne)e, dependendo dos casos,também das instituições ($).
A comunidade volta ao seu ócio até que há nova farra pela chegada de mais um investidor.
Este aparente poder comunitário sobre a terra aligeira a responsabilidade do Estado, seu titular legal, que, em última instância, formaliza a transferencia do recurso por via do DUAT. Com esta subtileza o Estado isenta o Estado do seu dever de promover e prover o seu povo de meios e cultura de produção.
Em minha opinião o primeiro passo de implementação da lei de terras devia ter sido a legalização do direito de uso da terra dos membros das comunidades estabelecendo os mecanismos administrativos que garantissem a continuidade desse procedimento.
Cada censo populacional devia incluir na ficha de inquerito pergunta sobre a detenção ou não de um DUAT e qual a área pelos membros maiores do agregado familiar. Se produziu e quanto nas duas ou três últimas campanhas.
O que se passa na Etiopia vê-se aqui nos bananais de Mafuiane e não só, nos canaviais de Xinavane e não só, no conceito do falhado Mozagrius...
PS: A propósito de embebedar o povo proponho que todas as bebidas alcoólicas que entram ou se produzem no país tenham certificação do Ministério da Saúde através do CHAEM com indicação expressa de 'produto próprio para consumo humano' quando seja o caso.
À semelhança das licenças que o Ministério da Justiça deve emitir para as ceitas através de uma Direcção Nacional dedicada a assuntos de religião.