Outros elos pessoais

20 junho 2011

Sobre ritos de iniciação (13) (Texto de A. Katawala)

Legenda: momento da instrução feminina, Naicuanha, província do Niassa
Continuidade do texto do leitor A. Katawala sobre ritos de iniciação no Niassa, dando desta maneira o seu contributo à minha série Sobre ritos de iniciação feminina à maturidade em Moçambique: "Nós, no mundo ocidental, também aprendemos sobre a sexualidade nas escolas, mas o ensino da escola é muito biológico, muito técnico e "pedagógico" demais para orientar os sentimentos sexuais de um adolescente. O que fascina  um jovem adolescente não é a pedagogia, mas sim o "poder do sexo". Aprende-se muito sobre o aparelho reprodutor do homem, mas sabe-se pouco sobre a "KhuNhetela" ou "KuTícula". Como é que se chamam, em português, os movimentos da região pélvica que estão representadas em quase todas as danças africanas?"
(continua)

3 comentários:

  1. Mas não são meninas muito pequenas?

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  2. Sim, Xiluva, umas são meninas pequenas (a que vês no canto inferior direito tem pouco mais de 7 anos, mas a familia decidiu que era altura de partir para a educação). Mas na mesma foto e no canto superior direito, podes ver o braço de uma rapariga de 18 anos. Umas vezes acontece que a familia decide mandar o seu filho/filha para Unyago por manifestar maus comportamentos (roubos de comida na casa, desobedecer as ordens dos mais velhos, etc, etc.).

    Ao participar nos ritos de iniciação permite que a educação desta/deste jovem passe a ser um assunto de interesse comunitário podendo este/esta receber "chegas" dos mais velhos e de todos os já iniciados. o jovem passa a pertencer a um novo ambiente, a uma nova estrutura de controle.

    A. Katawala

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