Avanço um pouco mais nesta série, sugerindo mais algumas ideias, mais algumas hipóteses ainda sobre o terceiro ponto do sumário que vos propus, a saber: crise como instrumento moral.
Escrevi no número anterior que a crise, quer dizer, a crise que nós achamos que existe, a crise por nós injectada nos fenómenos, tem um duplo aspecto moral: é ao mesmo tempo o que não desejamos que seja e o que desejamos que seja.
Agora, vamos ao que desejamos que seja.
Na verdade, há coisas que muito desejamos que sejam ou aconteçam na nossa crise. O que mais desejamos é a queda dos outros, a sua ruína, o seu desaparecimento político. A crise é, para nós, um real prazer, um linchamento apetecido.
Prossigo mais tarde.
Professor, os donos do poleiro acham que só há lugar para um galo.
ResponderEliminarAlguns jornais apreciam um só poleiro.
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