Um trabalho de Ignacio Ramonet com o subtítulo em epígrafe: "Que maravilhosa lição estão as sociedades árabes revoltadas a dar aos que, na Europa, apenas os descreviam em termos maniqueístas: tanto eram massas dóceis submetidas a sátrapas orientais corruptos, como multidões histéricas possuídas pelo fanatismo religioso. Mas eis que de repente essas sociedades surgem, nos ecrãs dos nossos computadores ou televisores (veja-se o admirável trabalho da Al-Jazira), preocupadas com progresso social, de modo algum obcecadas com a questão religiosa, com sede de liberdade, exasperadas pela corrupção, detestando as desigualdades e reclamando a democracia para todos, sem exclusivos. Longe das caricaturas binárias, esses povos não constituem de forma alguma uma espécie de «excepção árabe»; pelo contrário mostra-se semelhantes, nas suas aspirações políticas, ao resto das sociedades urbanas modernas esclarecidas."
Adenda: só por si esta passagem parece-me excelente para ser aplicada a muitos outros países que não só árabes ou europeus.
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