Avançando mais um pouco nesta série.
Tendo em conta os pontos apresentados no número 2 da série, debruço-me agora sobre o indivíduo. Transformar a sociedade numa coleção de indivíduos-mónadas, definitivamente estranhos aos grupos e às contradições sociais, é um dos princípios fundamentais da epistemologia neoliberal. A retaguarda teórica foi preparada por cientistas de grande fôlego como Daniel Bell, Alain Touraine e Zigmunt Bauman. O indivíduo e seus dilemas, o regresso do actor - foi e é sobre o indivíduo em si que a sociedade é pensada, o indivíduo enquanto matriz geradora da sociedade. O paradigma do indivíduo é uma resposta ao que se considera ser o pesadelo do comunismo e seus crimes contra o indivíduo. Contra o social asfixiante, eis indivíduo libertado, nesta era - defendem alguns - de fim das ideologias e do reinado defintivo e total do modo capitalismo de produção.
Prossigo mais tarde.
(continua)
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