Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
24 janeiro 2011
"Efeito Tunísia"
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Parece que a esperança contagia.
ResponderEliminarO destino dos homens é a liberdade (Vinícius de Moraes)
ResponderEliminarÉ bom voltar a ver uma revolução democrática. E ainda é melhor quando ela acontece num país árabe e muçulmano. Passámos anos a ouvir dizer, e a ler, que a democracia “ocidental” não se “exporta”, e que não se aplica a “outras culturas e religiões”.
ResponderEliminarOs jovens, as classes médias, os velhos, mulheres e homens, tunisinos deram a resposta. Somos árabes, muçulmanos, não estamos na Europa, mas também queremos liberdade, democracia, o direito à nossa opinião e um governo que não pense apenas em enriquecer os que estão no poder, mas que se preocupe com o bem estar e a prosperidade de todos. E a revolução na Tunísia não foi planeada, nem tem líderes. Foi espontânea e popular. Os tunisinos não aguentaram mais e cansaram-se da opressão e da ditadura.
A experiência da Tunísia mostra que não há regimes permanentes, e que o povo tem muito mais poder do que julga e as ditaduras são bem mais vulneráveis do que parecem. Quando vejo as imagens da revolução, há um ponto que é claro: o desejo de viver em liberdade não tem fronteiras culturais nem religiosas.
João Almeida