Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
08 novembro 2010
Qualidade do ensino superior
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Meu Caros,
ResponderEliminarEnsino superior nao e uma ilha que subsista por si propria. O problema nunca foi o ensino superior. Mas a sua base (Ensino Primario), a que lhe da origem. Se a materia prima e ma, nao se pode pedir ao artesao que faca pecas de arte imemoriais.
Lei de Murphy.
No fundo, esta e a velha discussao de sempre. Desde os tempos do Magnifico Reitor Narciso Matos. Dos outros dois tambem citados, pouco sei com respeito a sua actuacao no Ensino Superior. Estando eu na UEM nunca ouvi falar deles, como agentes activos nas intensas discussoes academicas. Mas lembro-me perfeitamente de Graca Machel, quando "sugeriu" a LINK (forum de ONGs) cancelasse o patrocinio a AEU, por esta ter feito a greve de 1995. E a LINK cumpriu.
Foi a unica intervencao academica de vulto daquela cidada na UEM.
Considero quimerico, desejar que a academia reaja conforme os ditames do mercado. Esse e o maior erro que costumo ouvir por ai. Pois que, na verdade, as academias devem e dotar os seus estudantes de fundamentos solidos nas mais diversas areas da ciencia, para que os graduados possam caminhar por si. Em hipotese alguma sera possivel conceber que a academia funciona a mesma velocidade do mercado, que e dinamico. Em nenhuma parte do mundo.
Olhemos para as grandes universidades do mundo. MIT, Harvard, West Point, ETH Zurich, Cambridge, Oxford, UCLondon. Sao todas conservadoras. Olhemos para os curricula. Cade Bologna? E porque nao la esta, se e bom?!
O resto, e como em qualquer parte do mundo, uma questao de vocacao. Que importa se de 100 passarem apenas 10, mas que tenham emprego em qualquer parte do mundo? A UEM ja foi assim. Agora ja nao e. Ficou boa nas estatisticas. Mas baixou na qualidade.
Ha evidencias que mostram que a UEM ja forjou ( e produz) pessoas talentosas. Cito de memoria, algumas, e estarei a ser injusto, o Marcos Joao da Agronomia, O Chacaleao da Matematica, o Muchanga do INCM, a Esselina do Banco de Mocambique, o Massingue do MCT. O Ackyamungo da CNE. O Sande da AICIMO, e a lista nao acaba por ai.
Em contrapartida, ficaram muitos pelo caminho. E a vida.
That's It...
Concordo com Ricardo, que a reestruturacao da educacao, deve ser de base,antes.
ResponderEliminarE valores devem ser tambem trabalhados na base, a primaria, primeiro, e depois vamos subindo gradualmente.
caso contratrio, continuaremos a ter os mesmos problemas,
Nao acredito numa universidade que funciona em funcao ao mercado apenas,
Em relacao ao mercado, acredito que o mercado cria-se em funcao ao conhecimento e politicas do governo em funcao ao sistema ideal que se pretende, nao 'e so procura e oferta, uma vez que procura e oferta 'e condicao de base para uma economia de mercado onde a concorrencia 'e tambem um fundamento.
Tanto mais que se nao se mudar o "modus operandi" do nosso mercado, que 'e minusculo e monopolista, altamente politizado para opurtunidades, jamais teremos capacidade de absorver graduados, visto a o factor determinante nao 'e competencia, mas sim criterios em funcao a ligacoes e preferencias partidarias.
Se nao aumenta a oferta, o preco sobe, e nessa base a vida esta cara em Mocambique, pois nao se permite abrir espaco para crecimento sem estar ligado ao partido no poder, como resultado nao existe concorrencia, 'e tudo monopolista, e cidacao 'e obrigado a pagar, nao ha competividade porque os politicos 'e que sao empresarios, e nao tem formacao em etica empresarial, e nem boa formacao de base, que os impede de compreenderem os seus proprios problemas.
Isto que estou a dizer, 'e cnhecimento impirico, que em Mocambique nao se toma em consideracao,
A gente convence o Mundo, mas nao consegue convencer os "ilustres" do "paradoxo".