Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
18 outubro 2010
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
No Jornal Expresso, edição de 26/3/83 foi noticia:
ResponderEliminarO PRESIDENTE da República Popular de Moçambique, Samora Machel fez esta semana uma forte crítica à forma como a economia do país é planificada e dirigida. O dirigente moçambicano expôs a crise económica que a RPM atravessa ao falar na ll.ª Sessão da Assembleia Popular que durante três dias esteve reunida no Maputo, reunindo 200 deputados vindos de todo o país. Num improviso no final do debate para aprovação do plano económico para este ano, Samora Machel criticou duramente a forma como a economia é dirigida a partir de gabinetes da capital. “O melhor economista – disse então - estão nos gabinetes, não vai ao campo, não vai a fábrica. O agrónomo, especialista do milho, do arroz, do tabaco, fica na planificação, não vai ao campo. O geólogo, não vai ao terreno. Este é a contradição”.Mais tarde, no seu discurso de encerramento da Assembleia Popular,o Presidente moçambicano afirmou: “Conquistamos o poder politico, mas ainda não temos o poder económico”, adiantando que o “afastamento dos quadros da realidade desenvolve o racismo, o tribalismo e o regionalismo”, bem como a “estratificação da sociedade moçambicana.” Samora Machel classificaria depois as “acções militares contra o banditismo armado” (referência aos grupos que lutam contra o regime moçambicano) como bem sucedidas nos últimos meses" . Machel admitiu no entanto que se hesita “em punir os perturbadores da ordem social”. “A acção das nossas estruturas é não só fraca como chegámos ao cúmulo de dificultar a participação popular no processo de punição dos exploradores” adiantou numa referência ao aumento significativo do mercado negro do país. As suas duas intervenções, no improviso a respeito do Plano e no discurso de encerramento da 11.ª Sessão da Assembleia Popular, criaram uma enorme expectativa entre quadros do partido e do Exército que se vêm mostrando bastante preocupados com o agravamento da situação económica em Moçambique - que, na opinião de Samora Machel, passa por um “momento crítico”.“Consciente ou inconscientemente decide-se o futuro da nossa vida, do nosso Estado de operários e camponeses”.
Samora sabia e conhecia quem o rodeava. Obs: O PR foi a Massinga de carro (570Km). No rodapé da TVM: Matsangaissa morreu a 31 anos. É pá algo está a mudar.... é ou não é?