4. Concepção do anormal e da crise como coisas imediatas e não em processo
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 setembro 2010
Quatro pontos sobre as manifestações (1)
4. Concepção do anormal e da crise como coisas imediatas e não em processo
7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Pois e, Professor...
ResponderEliminar"...4. Concepção do anormal e da crise como coisas imediatas e não em processo..."
Aqui neste blog, falamos exaustivamente da questao da TERRA donde vem o trigo que faz o pao. Chegamos inclusive a comentar duas coisas em particular:
a) Que Mocambique abriu as portas para um Portucell, Procana, etc. ou seja, abriu seus terrenos produtivos que nunca foram devidamente cultivados, a monocultura de rendimento para bio-combustiveis e pasta de papel. Que alem de serem lesivos para a seguranca alimentar, tambem sao poluentes. Numa palavra, causadores da diminuicao da producao de alimentos que hoje, o alto magistrado da Nacao, diz ser necessidade inadiavel para o combate a Pobreza;
b) Que Mocambique, como metade do pais a morrer a fome, e toda a zona sul a viver a custa da RSA, vai alugar largas extensoes de terras araveis a China, Mauricias e outros produzirem alimentos para sua seguranca alimentar e nao para a nossa. Que se a quizermos usufruir, sera comprada a preco de mercado.
Atendo-nos nestes dois pontos apenas, nos podemos pesar a palavras e as intencoes do nosso PR ontem ao dirigir-se a Nacao. Do seu sequito, nao falo. Sao meras caixas de ressonancia.
Eu nunca considerei o nosso PR de Analfabeto Politico. Por isso, estou certo, que ELE estava plenamente consciente do pretendia alcancar quando avalizou os dois acordos supra-citados. E todos nos podemos agora percebe-lo tambem!
Para terminar, penso que e altura deste Governo se retratar e auto-purificar-se. Quem quizer ser empresario nao pode ser governante simultaneamente. E incompativel com a etica governativa, alem de ser um mau exemplo para todos os Mocambicanos.
E isto nao e um pedido, e uma exigencia!
O quarto ponto (último) é o mais importante. Faz-me lembrar o discurso do professor Mataruca. Tudo tem um processo. Nada surge do nada. Até os casamentos.
ResponderEliminarZicomo
PS: No ponto 1: o poder dos celulares e dos sms. Boa pergunta. Alguém parou para pensar? O poder das TICs? Nada melhor para comentar esta questão que convidar a Dra. Polly Gaster, especialista desta matéria, ou o Dr. Luís Neves.
bom dia,
ResponderEliminarqual é o papel da Sociedade Civil perante esta situação?
A sociedade civil somos NOS. Estamos a fazer o nosso papel PENSANDO E PROPONDO SAIDAS neste blog. Nao o fazemos na rua, nem na TV, porque ou levamos um tiro, ou obrigam-nos a ler textos pre-elaborados. Mas ainda assim, temos a esperanca que os que nos fazem isso sistematicamente, saibam pelo menos ler, escrever e aceder a http://oficinadesociologia.blogspot.com.
ResponderEliminarPorque afinal, nao somos NOS, mas sim o Governo que foi eleito pelo Povo quem esta a ser julgado. E e ele quem deve apresentar solucoes e nao problemas!
Disse
E ja agora, Professor...
ResponderEliminarSobre este ponto em particular:
"...1. Poder mobilizador dos celulares e dos sms..."
Faz algum tempo que o Ministerio da Ciencia e Tecnologia e a VODACOM estao a tentar criar uma LEI para regular o uso do telemovel em Mocambique. Positivo, mas suspeito que a partir do dia 01 de Setembro se venha a converter num execrando decreto de Censura!
Por isso, sigam o exemplo Espanhol. Com SMS caiu Aznar, que mentira descaradamente. E com SMS se elegeu outro mentiroso, que nao e descarado.
Mas ninguem criou uma LEI para regular manifestacoes por SMS...
Disse
P.S.
Porque e que NINGUEM quer falar da contribuicao do MBS na situacao actual?
Senhor Professor, com a sua permissão:
ResponderEliminarO poder mobilizador nas áreas e sectores ditos informais é um recurso a capitalizar. Há meses andaram sms´s e emails e mobilizar os "automobilistas " para uma manifestação em virtude, de algo que agora não me recordo mas que afectava só aqueles que são proprietários de pelo menos 1 viatura, (se calhar é esta a classe média nacional) Mas tal mobilização não surtiu efeito, interpretação: esta classe tem os hábitos da pós modernidade, tem rotinas de vida totalmente flexiveis e o nivel de relacionamento entre eles é instantâneo e efémero.(redes sociais frágeis - individualismo e egoísmo)
Enquanto os que hoje se manifestão, vivem em redes sociais muito estáveis e coesas com uma forte capacidade de mobilização e solidariedade, encontram-se diariamente comem a mesma coisa e no mesmo espaço, o seu discurso é comum e é pouco influenciado pelo mundo este discurso funda-se nos valores do seu quotediano.
Este sector informal constitui mais de 60% em muitas cidades do mundo em desenvovlvimento, certamente que Moçambique não foge a regra, e tambem 44% do PIB de muitas cidades vem deste sector. E tende a acredita-se que a compreensão deste sector e a integração das suas estruturas no funcionalismo público ou seja na cidade formal é um imperativo para o desenvolvimento sustentável.
Cabe a nós também capitalizarmos estas estruturas para a promoção de uma democracia participativa e promoção da cidadania sustentável.
Phu Nkarringane unga Lori Ntxhumo
Hicar,
ResponderEliminarGrande questao,