Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
22 setembro 2010
Chris Blattman sobre as manifestações
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Prof,
ResponderEliminarA Economista Clara Pereira levanta questões interessantes. Contudo, parece que ela, como vários outros comentadores/ entrevistados sobre o assunto, raramente tocam no cerne da questão: Visão de desenvolvimento de longo prazo - que perpectivas para Moçambique? Para mim, aqui reside a solucção.
Bom dia Professor,
ResponderEliminarEstou acompanhando os debates vindos de vários intervenientes sobre as manifestações ocorridas em Maputo e Matola nos dias 1/3 de Setembro último.
Contudo, quero concordar com Professor Serra em relação o facto de não se incluir a visão dos manifestantes através dos seus próprios testemunhos (habitantes da periferia, porque é lá na periferia onde fica o centro da revolta.
Ora Professor,
Corre-se o risco de os analistas cometerem o mesmo erro que o governo cometeu ao fazer das suas palavras as do dito "Povo".
vou mensionar aqui alguns aspectos:
1. O tal Povo que todos os analistas defendem e dele opinam, está perto deles, convivem com ele. E porquê não ouvi-lo?
2. Não me recordo de algum analista ter citado opiniões dos residentes da periferia, sobre os reais factores, claro, a não ser mesmo naquele dia que os "amados jornalistas da STV" transmitiram em directo e iam deixando falar o "POVO", como sempre têm. Esses sim, protegidos pelos manifestantes, iam nos mostrando tudo, tudo mesmo. Mas depois, os académicos usaram isso para comentar e analisar o fenómeno.
3. Professor, é importante ao fazer o estudo dos factores das revoltas populares, incluir-se as categorias: idosos (Porque esses são a biblioteca viva), mulheres (que cozinham), homens (que batalha para ter o metical), jovens (que lutam pela sobrevivencia sem emprego e nem oportunidades), adolescentes (que sentem pena dos seus pais). Digo adolescentes, porque fomos vendo menores de 18 anos a participar;
4. Professor, exceptuando alguns (como é o seu caso), muitos analistas, não têm separado a análise e o sentimento emocional nas suas opiniões (Uns estão ao lado do POVO, porque vivem com o Povo, e outros, estão ao lado do poder decisório, porque não querem passar outra imagem dos factos).
Por último, Quero agradecer pelo facto do Professor estar sempre a insistir na necessidade de se investigar profundamente o caso. E sem querer "puxar o saco",como tem sido hâbito no nosso país, quero elogiá-lo pela sua dedicação na análise dos fenómenos sociais não só urbanos, mas como também os rurais (Leões de Muidumbe, cólera em Lioma Gurué,Chuvas em Nicoadala, etc) locais onde eu vivo e perco alguns minutos a ir a net para ler o seu diário, que já faz parte do meu dia a dia.
Ao analisarmos os fenómenos sociais, temos de recordar que o dito Povo também está atento nos debates e acompanha.
Outro fenómeno que me interessou, é a forma como a STV é acarinhada, isso mostra que ela tem um sentimento de solidariedade, talvez porque cobre os acontecimentos com parcialidade e o POVO, vê isso.
Atenciosamente, espero que esteja bem, apesar da crise de asma que sempre tem vindo a citar no seu diario.
Sérgio Roques Licenciado em Antropologia.
Obrigado Professor por postar o meu comentário.
ResponderEliminarApenas quer corrigir: A frase que fala da STV, onde se: com parcialidade (deve-se ler imparcialidade).
Peço desculpas pelos transtornos.
Sergio