Outros elos pessoais

18 julho 2010

Moçambique dentro de 30 anos (5)

Mais um pouco desta pícara e sempre atrasada série.
Dentro de 30 anos, com as nossas cidades bem mais povoadas por pessoas ávidas de consumo, os espaços físicos e simbólicos dedicados à recreação serão bem mais numerosos e constantes.
A acção combinada do Capital modernizado e de um Estado interessado, de par com um ensino massivamente despolitizado, visará anestesiar os potenciais de contestação social, especialmente entre os jovens, a braços uns com a luta pela sobrevivência imediata, a braços outros com uma formação universitária sem emprego.
(continua)
O número inaugural da série despertou muito interesse, reveja aqui.

1 comentário:

  1. Mesmo porque, nesta aldeia global, os pobres tem-se mostrado mais consumistas que os ricos e por isso, responsaveis pelo funcionamento das engrenagens do sistema que e o Capital.

    Os ricos, reza a historia, dedicam-se muito mais ao investimento, logo aumentando progressivamente seu peculio e o fosso social tambem, aspectos que entre nos, sao ainda muito mais reforcados com as relacoes de poder dinastico, corolario de um oportunissimo casamento com o mundo tradicional africano. Coisas do marketing politico.

    Mas tambem imagino cidades mais urbanizadas e com padroes melhorados, so que cada vez mais segregadas em zona pobre vs zona rica. Os ghettos terao sido criados.

    Tambem acredito que aumentara a miscegenizacao racial, nomeadamente com os povos orientais, cujas comunidades crescerao exponencialmente em numero de habitantes, o suficiente para influenciarem directamente o poder politico com candidatos de sua origem na AR eleitos nas urnas.

    Com isso, a lei da nacionalidade devera ser alterada para acomodar estes novos interesses em jogo, e a grande descoberta se fara, explosiva. Afinal, a globalizacao era uma forma sofisticada de colonialismo. Tarde demais, pois o mal ja estara feito. Este sera tambem um sistema socialmente falido. Mas isto e o que de melhor o sistema nos podera conceder, a menos que haja um milagre, ou um Messias nos apareca numa nave sideral.

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