Falei-vos do ouro no número anterior. Documentos coloniais muitos antigos falam-nos do esgotamento dos veios auríferos e de problemas sociais, crescentes e diversos, nas comunidades aldeãs, em particular no centro do país. No sertão percorrido por aventureiros, mosquetes, tecidos (de origem indiana) e missangas, chefes e súbditos entraram muitas vezes em conflito.
Mas os documentos falam-nos, igualmente, do rareamento de elefantes no centro do país. O marfim ia regra geral para a Índia, onde era trocado por tecidos destinados ao comércio em Moçambique ou canalizado para a ourivesaria indiana de adereços nupciais. Mas um pouco para o fabrico de bolas de bilhar na Europa.
A escravatura iria agravar consideravelmente os problemas sociais.
(continua)
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