
Mais um pouco desta série, mais algumas ideias, na margem do início amanhã, na África do Sul, do mundial de futebol.
O árbitro é a excepcional figura sacerdótica socialmente escolhida para regular, moderar a violência ritualizada, ajudado pelos seus colegas de linha.
Mas, ao mesmo tempo que ritual de violência, o futebol é a mais imponente e mediática forma de religião profana da actualidade. Com efeito, os campos de futebol são os reais substitutos dos templos de todos os tempos e regiões.
(continua)
Adenda: após tomar contacto com esta série, o psiquiatra brasileiro Jorge Márcio Pereira sugeriu-me, por email, a leitura, no seu blogue, de um texto seu intitulado "As seleções: os estádios, os paradigmas e um novo game", aqui.
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