Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
04 maio 2010
5 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Pelo grande peso que a feitiçaria e a contrafeitiçaria representaram no passado e continuam representar hoje, penso que o seu discurso e prática deviam ser estudados pela história e pelas outras disciplinas sociais. De resto há uma vasta etnografia sobre estes fenómenos, discutindo a sua importância no quotidiano. Num trabalho muito recente, um antropólogo americano, Harry West, mostrou como, no planalto de Mueda, em Cabo Delgado, Moçambique, o discurso da feitiçaria serviu, inclusivamente, para interpretar de forma alternativa as actuais reformas democráticas no pais. Tal como o seu estudante do ano 2003, penso que é desvantajoso marginalizar a feitiçaria e os feiticeiros da história.
ResponderEliminarCuumprimentros
Carlos Bavo
http://www.soas.ac.uk/staff/staff31990.php
ResponderEliminarOnde fica a luta de Samora Machel contra o obscurantismo?
ResponderEliminarDepende do ângulo e da visão historiográfica em estudo. Se vermos as coisas na dimensão Ocidental, esta pergunta pode ser insustentável devido as premissas dessa mesma historiografia. Dizem eles que o miticismo não é característica fundamental da sua historiografia que privilegia outro tipo de fontes, raramente os espíritos. Pessoalmente não concordo com esta tese.
ResponderEliminarJá na perspectiva africana em particular, creio que não me ficava mal - eu como animista de berço (praticante) - admitir que a história só se aproxima da verdade com a opinião dos espíritos e dos curandeiros.
De contrário a nossa historiografia não sairia nunca da letargia e, quiçá, da incubadora. "Uanhenga Xitu", ou seja, Agostinho André Mendes de Carvalho têm publicado vários trabalhos literários sobre "história" e "miticismo", "espiritualidade, etc., que vale a pena ler.
Não sei qual é que foi a resposta da historiadora francesa, mas esta seria o início da minha resposta.
Zicomo
Cada civilizacao tem a Sherazade que merece para narrar as suas Mil e Uma noites...
ResponderEliminarSenao, quem seriamos, nos, os comuns mortais?!