Outros elos pessoais

▼
▼

03 abril 2010

Moçambique dentro de 30 anos (3)

Mais um pouco desta muito atrasada, perversa série (recorde aqui e aqui).
Como será o nosso país daqui a 30 anos? Fascinante pergunta, bizarra ideia. Vamos lá ver mais um cenário - algo irónico, claro - do tipo O admirável mundo novo de Aldous Huxley e 1984 de George Orwell:
13. A nível político, o cenário deverá ser o de uma monarquia partidária, tendo à cabeça uma espécie de neo-príncipe esclarecido e um partido reinando completamente nos sectores vitais dos aparelhos estatal e empresarial. Os programas políticos terão sido substituídos por programas inteiramente técnicos. De mãos dadas com os aparelhos de higiene política cada vez mais sofisticados (polícia especial, vídeo vigilância, controlo electrónico das multidões e criminalização sistemática dos indesejáveis), potentes instrumentos ideológicos passarão regularmente a mensagem de que a unidade num só eixo dispensa a desunidade de muitos eixos, enquanto um imenso mundo da recreação dotará os cidadãos de doses massivas de anestesia política e de conformismo.
(continua)
à(s)

3 comentários:

  1. ricardo3/4/10 3:58 da tarde

    30 anos? Porque nao daqui a 10 anos?

    O relato fez-me lembrar a Republica Democratica Alema.

    ResponderEliminar
  2. João Henrique3/4/10 6:08 da tarde

    Apesar da teimosia... «Natal será sempre quando um homem quiser».
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  3. Anónimo5/4/10 1:10 da tarde

    Em poucas palavras, neofascismo. Uma tendência que se torna mundial depois do 11.09.2001. Razões de Estado ou de segurança nacional ... o velho e surrado discurso do opressor, mas que vem a calhar diante de crises sociais profundas.

    Paulo - Brasil

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.