Um professor e comerciante maliano ouvido na mesma cidade, igualmente com o seu retrato-cliché: "Para mim os Moçambicanos são pessoas muito passivas, acolhedoras, mas muito preguiçosas e invejosas. Gostam de se lamentar em vez de trabalhar. São pessoas que ainda não se aperceberam que neste país há um bom ambiente de negócios, basta-lhes apenas terem um pouco de cabeça e muita ambição. Muitos dos Moçambicanos não têm palavra, não gostam de honrar com os seus compromissos e são essencialmente oportunistas. Não respeitam as suas mulheres nem a religião que professam. Gostam de beber e de ter uma vida fácil."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
08 março 2010
Nós e eles
Um professor e comerciante maliano ouvido na mesma cidade, igualmente com o seu retrato-cliché: "Para mim os Moçambicanos são pessoas muito passivas, acolhedoras, mas muito preguiçosas e invejosas. Gostam de se lamentar em vez de trabalhar. São pessoas que ainda não se aperceberam que neste país há um bom ambiente de negócios, basta-lhes apenas terem um pouco de cabeça e muita ambição. Muitos dos Moçambicanos não têm palavra, não gostam de honrar com os seus compromissos e são essencialmente oportunistas. Não respeitam as suas mulheres nem a religião que professam. Gostam de beber e de ter uma vida fácil."
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O Malawiano nos definiu!!! E eu acho que isto ]e tudo a conjugação do colonialismo e do socialismo cientifico (muito paternalismo)aliados à cada vez menor qualidade da educação e aos metodos usados para educarmos os nossos filhos que não incentivam o pensamento individual, mas sim o colectivo. Na verdade os moçambicanos nao gostam muito de honrar os seus compromissos e muitos, sobretudo os chefes gostam da vida facil. Pena que o nosso Malawiano tenha tanta razao!
ResponderEliminarTemos que MUDAR e deixar de nos queixar!!!
MF
Está ai um verdadeiro raio-x do moçambicano feito por um estrangeiro. Quem será o primeiro leitor a discordar dele?
ResponderEliminarMas ele se esqueceu de um detalhe: O moçambicano é tão medricas, tão medricas que para concordar com ele aqui neste blog muitos usam o anonimato!!!
Professor, falando em séries antigas, vou enviar um email para si com uma sugestão que pode ajudar novos leitores a acompanharem melhor suas séries antigas neste blog.
Primeiro, eu gostaria de saber se aquele professor e comerciante é maliano ou malawiano.
ResponderEliminarSegundo, acho que o MF tem razão, embora eu receie que o estrangeiro saiba que existem os mesmos problemas no seu país de origem que os nossos. A questão é tentarmos ver se no Mali ou Malawi os estrangeiros não fazem negócios com sucesso. Será que ele fez isso lá no seu país? E se não fez, porquê será? Não estou aqui a procura de desculpas, mas propôr um aprofundamento. Concordo na maior parte do que o estrangeiro disse.
Terceiro, acho que o MF alerta-nos para mais um caminho de análise. Que impacto tem o colonialismo e o socialismo cientifico? Vejamos que em questões de desenvolvido há que analisar até o impacto religioso...
Quarto, o anónimo confirmou como se é medricas?
Quinto, na análise disto devia-se incluir o consumismo. Acho que gostamos mais de consumir que poupar e investir. Estou errado?
Bom, eu até tinha um comentário, que julgo que era adequado e "bom", mas como se continua a confundir colonialismo com colonização,
ResponderEliminarmesmo académicos, então...
fico a "ver".
Deixa-andar.
Por um lamentável lapso técnico, um comentário do José Chagas foi rejeitado, pelo que apenas encontrei como solução para publicação a cópia do que ele escreveu:
ResponderEliminar"José Chagas deixou um novo comentário na sua mensagem "Nós e eles":
Esta discussão é tão velha como a emigração e/ou a imigração e nada tem a ver particularmente com Moçambique.
É exatamente igual á discussão sobre o assunto em Portugal, Espanha, França ou USA.
O facto é que, regra geral, o imigrante ganha características no seu novo país que, aplicadas no país de origem, teriam evitado a sua emigração.
Recordo que os portugueses, nas décadas de 60 e 70, eram considerados os melhores trabalhadores em França...
Parece-me oportuno realçar que este raciocínio se aplica aos e(i)migrantes por razões económicas."
José Chagas
ResponderEliminarConcordo absolutamente com o seu comentário relativo aos emigrantes Portugueses (França, como em quaisquer outros Países - Brasil, RSA,...)
Mas quero adicionar um elemento.
Os emigrantes Portugueses dessas décadas eram de facto bons artífices, operários, rústicos e bastante trabalhadores,
mas tinham excelentes "oficiais", isto é, estavam bem enquadrados - as estruturas em que se foram inserir eram/são muito mais eficazes, competentes, que as que vigoravam/vigoram ainda hoje em Portugal.
Os quadros estrangeiros, as condições de vida são muito superiores, e a mentalidade muito mais aberta, criativa, ganhadora,...
E, isso, faz também uma grande diferença.
Aprendi duas coisas nesta vida...
ResponderEliminar1-Que no estrangeiro, todos mocambicanos sao "malawianos";
2-Que a "domesticao" cria a dependencia ao dono.
Por isso,
1- Mandem vir mais estrangeiros para ensinar os mocambicanos;
2- Que o dono "destranque" a sua mente, para que os seus possam caminhar mais alem.
Maliano e não malawiano.
ResponderEliminar...a maioria dos moçambicanos continuam no mesmo sítio de sempre,no limbo,á espera que o seu País aconteça realmente...enquanto uma minoria vai se safando como pode:uns magnificamente,outros razoavelmente,outros medianamente e outros desenrascando-se.
ResponderEliminarO País,esse não tem o sentido nacionalista do orgulho de ser moçambicano, do não admitir abusos,do rebelar-se pela sua dignidade,do exigir as condições básicas q que tem direito
...o povo vive asfixiado ,impotente, perante o desinteresse que o poder tem para com ele,pela falta de exemplos,pela falta de formação etc ...
vai-se vivendo uma existência encenada, ao sabor do vento que sopre no momento !!!!
Tóxico