Outros elos pessoais

17 fevereiro 2010

A Vale e os outros


A conferir aqui e aqui. Sobre a Vale em Moçambique, aqui.

3 comentários:

  1. No jornal "O Pais" online vem inserido um artigo sobre a visita da Ministra do trabalho ao MIA (nao sei o que e isto), TEBA e outras. No referido artigo diz-se que a ministra deu prazo de 60 dias para que o fosso salarial seja reduzido e para que se instale um centro de saude. Interessante, muito interessante. Nao conheco bem a legislacao mas nao sei se o Estado pode defenir os salarios de uma empresa privada com excepcao do salario minimo. Diz o artigo que o director-geral recebe 330.000Mt contra 1750Mt. A minha pergunta e: qual e o fosso entre o salario+regalias ilimitadas dos ministros, governadores,PCAs e o salario minimo? porque e que ninguem se preocupa em reduzir este fosso dando exemplo as empresas privadas? um PCA recebe entre8.000 USD e 12.000USD (240000Mt e 360000Mt)que o digam os PCAs de Cahora Bassa, LAM, etc.

    Pergunto-me tambem quando e que uma empresa e obrigada a ter um centro de saude? de que depende, numero trabalhadores, distancia do centro mais proximo, natureza de actividade? Sempre pensei que era obrigacao do estado garantir cuidados basicos de saude e das empresas pagar os impostos e o INSS.

    Pegou moda sempre que alguem queira investir nas zonas rurais ser obrigado a construir escolas, abrir estradas, postos de socorro, furos de agua, etc, etc. Parece que e mais facil investir nas cidades onde o empresario nao tem "comunidade" e por isso nao tem todas essas obrigacoes. E depois dizem que tudo esta sendo feito para atrair investimento nas zonas rurais......


    Francisco Gentil

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  2. Sobre a Vale do Rio Doce, não tenho absolutamente nada a comentar. Vamos esperar que as premissas desse acordo venha à tona nos próximos anos....Mas queria comentar a deixa do Gentil. Penso que não vejo mal nenhum que um dirigente ganhe este valor....Isto é que devia ser o normal. Estamos num sistema capitalista que escolhemos e é esse o caminho que devemos trilhar.

    Nunca no mundo houve igualdade entre as pessoas. O desiquilibrio do tecido social faz parte da vida dos seres humanos. Se reparar bem para a natureza, todos os dias o leão corre atrás de uma presa, igulmente acontece com a presa, que tem de correr a fugir do leão. Por isso, não acho que se deva criar tanto alarido no meio disto tudo.

    Barroso como o "boss" da UE ganha entre 50 a 80 mil euros. No Alentejo, em Portugal, um professor doutor a queimar todos os dias os miolos não passa dos mil euros. O ainda governador do banco de Portugal, Vitor Constâncio, de tanto receber até pediu desconto, aufere agora 19 mil euros mensal. E não se assuste, porque no Vaticano, a história é outra....É normal que as pessoas ganhem este valor...

    O que é preciso é relar, ralar e ralar ainda mais. Eu, felizmente, me aprecebi que o sucesso não só depende da academiua, mas sobretudo do sopro. De oportunidade. Conto-lhe uma história que costumava narrar aos meus alunos, em Nampula:

    Um rei colocou numa piscina 100 crocodilos famintos. Dum lado colocou toda a sua riqueza e a filha pura. Do outro estavam os concorrentes ao prémio. O rei disse que o prémio só seria ganho se alguém conseguisse atravessar a nado à piscina. Passaram horas e horas, de repente, ouviu-se um barulho / mergulho, alguém tinham-se feito à água. O "infeliz" consegiu sair à salvo do outro lado, do prémio. O rei vendo isso chamou ao visado para que fosse receber o prémio. Em resposta o visado "infeliz" disse: "Sr. rei, eu não preciso do seu prémio, nem aqui estive para concorrer, mas sim para assistir o evento, o corajoso."

    Silêncio total.

    O rei ficou "parvo" e ofereceu-lhe mais um tesouro preciso. O "infeliz" cansado, respondeu "SENHOR REI, EU NAO QUERO PRÉMIO NENHUM, QUER 2 SABER QUEM FOI O TIPO QUE ME JOGOU PARA A AGUA". Feliz ou infelizmente, o homem teve que aceitar o prémio, por causa de um sopro, um empurrão.

    Zicomo, ah, alguém me escreveu da Bélgica a dizer que é ZIKOMO ou DZICOMO e não Zicomo como habitualmente escrevo. Mal está a língua de Camões, que de continente em continente busca consensos falhados, quanto mais a nossa língua materna.

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  3. Por tras de cada grande fortuna oculta-se sempre um crime (O Padrinho - Mario Puzzo)

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