Um pouco por todo o lado, Dhkalama tem sido apresentado como fala-barato, como inconsequente, como louco, como tendo perdido o juízo. Esse quadro quase clínico, quase patológico, é propício a esconder aquilo que nele é actividade política, mesmo que ela desgoste e irrite certos quadrantes.
Por hipótese, o presidente da Renamo busca exactamente surgir como perseguido pelo partido no poder, como combatente da liberdade e da democracia, como vítima da repressão policial. Estar com residência vigiada pode ser uma coisa boa, politicamente falando. Mas não só.
O senhor Dlakhama, como homem de guerra, que consenguiu articular em torno de si uma força militar que paralizou MZ, como um dos protaginistas (junto com a Frelimo) de uma guerra civil que ceifou a vida de mais de um milhão de pessoas, deve ser respeitado e ouvido ao menos quando sua ambição não obnublida sua posição de protagonista na história das lutas sangrentas pelo poder na África! Infelizmente é muito mais fácil se enfurnar no mato, rodeado de ambiente de guerra, com assesores internacionais ganaciosos, do que entrar no debate nacional de coração aberto e com a dignidade de um homem vitorioso, por ter forçado o invitável mutipartidarismo, principalmente entre os mais jovens, que não viram seus mortos sendo carregados em caminhões fétidos ao longo da avenida eduardo mondlane em direção ao hosipital central. Ele se revela um simples títere e sendo assim, continuará a ser tratado como um fantoche, um idiota, porque o pessoal da Frelimo tem quadros do naipe do Chissano (espertíssimo) e para eles tudo vale para se manter como os únicos.É uma pena que Dlakama esteja se tornado uma piada, o tipo de cara que fica quieto com um milhão de dólares para comprar sua pobreza. E assim deita a Renamo a perder. Tanta mantaça por nada! Bem, em um lugar em que o marcelino dos santos manda bater em repórtes podemos esperar de tudo? Não!
ResponderEliminarUma coisa penso sobre esta figura, o Sr. Afonso Dlakhama. O que ele pretende é apenas chamar atenção dos moçambicanos e da comunidade internacional no geral, vitimizando-se pela sua fraca actividade politica. Num noticiário da RM esta manhã aparece a dizer que ficou satisfeito com o reconhecimento pelo CC da existencia de iregularidades neste processo, e ainda menos feliz por este orgão afirmar que estas irregularidades não foram suficientes para ditar o contorno dos resultados finais das eleições de 28 de Outubro.
ResponderEliminarOra vejamos: Afinal de contas este homém por vezes acorda bem disposto e fala coisas com lógica, mas por vezes aparece com actitudes pouco crediveis de um cidadão de boa fé. Asseguir a estes pronuciamentos o que ele devia fazer era acabar com as manifestações que pretende fazer, e no lugar destas, começar a arrumar a casa, pois a muito trabalho a fazer no seio da Renamo.
Uma realidade indesmentível.
ResponderEliminarA fórmula " partir a espinha ao Jonas Savimbi" a ser aplicada com sucesso em Moçambique.
Só Dhlakama TEIMA EM NÃO VER!
E tal como na solução pós-Savimbi, os passos do algoritmo já estão sendo executados:
1- Erosão do poder militar, pelos entendimentos de Roma (1996);
2- Erosão do poder político, pela derrota avassaladora nas eleições. Início da teoria da "Fraude". Minimizada por todos. (2004);
3- Auto-destruição política. Purgas internas. Actos de fachada para se auto-legitimar. Guebuza afunila o diálogo. (2008);
4- Auto-destruição pessoal. Questões da vida privada começam a destacar-se e a serem usadas abertamentamente como armas de arremesso por seus opositores (2009);
5- Tentativa de sublevação. Isolamento nacional e internacional (2010). Estamos a assitir ao filme;
6- .... "in memoriam Moxico, 2001". Problema esquecido. Dhlakama vulgarizado.
A solução sensata para Dhlakama: Abandonar a liderança activa da RENAMO. Fique presidente honorário, dedique-se à política internacional (tal como Chissano), porque lá é que se trava o combate. Além disso, sair de cena, não é perder a majestade. Mesmo se o líder for um déspota. Essencialmente, mostre uma nova face!
Guebuza em 1981, era um temível Comissário-Político nacional, com papel activo no 20/24 e Operação Produção.
Hoje, como Presidente, convida os desterrados do 20/24 a investir em Moçambique e pede votos em Unango e com grande sucesso.
É puro acaso?
Entenda-se com os outros partidos de Moçambique (todos) naqueles pontos em comum -e há muitos, acreditem- Porque hoje, o destino dos países decide-se no concerto global entre nações. Pouco vale andarmos aqui a mordermo-nos uns aos outros, quando os nossos competidores regionais e continentais têm uma visão muito convergente sobre como proteger seus interesses em Moçambique.