Outros elos pessoais

17 dezembro 2009

Combustíveis e risco social no próximo ano

Um dos grandes desafios do próximo ano consiste em saber lidar cautelosamente com o aumento dos preços dos combustíveis e com a redução dos subsídios concedidos à gasolineiras este ano - governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, falando hoje.
Comentário: as eleições terminaram e sem dúvida que no próximo ano esse será um enorme desafio a vários níveis, depois que os preços foram mantidos estáveis através de volumosos subsídios governamentais. Enquanto isso, sugiro a leitura de um trabalho recente sobre o risco das bolhas de investimento. Aqui.

2 comentários:

  1. Se o multimodal Costa do Sol-Baixa-Matola-Rio estiver em funcionamento pleno, nas vertentes marítima e ferroviária, talvez.

    Se novas empresas de transporte público conseguirem acabar com o monopólio dos chapas, quase de certeza.

    Se alguns bens essenciais, ficarem isentos de impostos, com toda a certeza.

    A combinação dos três factores, uma hipótese a considerar.

    Para o resto do país, aplica-se uma receita similar, segundo as especificidades locais.

    Se houver confusão, Angola ajuda.

    Para ser honesto professor, estou mais preocupado com o risco de implosão social do campo para cidade, por causa da questão da terra, que cada vez se complica mais.

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  2. Embora não viva há já muito tempo em Moçambique, encaro as coisa de modo diferente.

    - Qual é o peso da população urbanizada, realmente urbanizada, em Moçambique, o mesmo que dizer Maputo?

    - E da semi-urbanizada, o mesmo que dizer pequenas cidades, como Quelimane; e vilas,...

    - Finalmente, qual é a percentagem dos "felizes contemplados" pelo Sistema?

    Os "felizes contemplados" estarão SEMPRE bem.
    Apenas terão que ter o engenho de administrar convenientemente a válvula de pressão, soltando ou apertando o "vapor social", à medida conveniente - e isto para os urbanizados, e semi-urbanizados.

    Porque, como diz o grande líder, o enorme estadista africano, Robert Mugabe, o "resto", diga-se Povo, só precisa de chima (shima)!!!

    E mesmo essa tem que ser ele, Povo, a produzi-la - plantar os cereais, esperar amadurecer, colher, secar, amolecer, pilar, esfregar entre-pedras, até fazer farinha.

    Fácil, simples!!!

    É que o "resto", o Povo, já esqueceu que é "governado", cansou de esperar, e os decisores já não contam.
    Está entregue a si próprio.
    E sabem-no, melhor que ninguém.
    Sabem, mesmo.

    Assim tudo se joga fora do Povo camponês, a grande, grande maioria, quiçá o "verdadeiro" Povo.

    Agora, sobre ajudas externas, bom, é melhor esperar o que pensam os mandantes deste mundo...

    De qualquer modo, também penso que a solução tem que passar pelos patrões da RSA.

    Afinale, patrão é patrão!

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