No "O País" online de hoje, citando um vogal da CNE: "Foi através do processo de requalificação de votos que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) detectou alguns indícios que provam que milhares de votos a favor de Afonso Dhlakama e Daviz Simango, dois dos três candidatos às eleições presidenciais de 28 de Outubro, foram anulados intencionalmente. (...) De acordo com a mesma fonte, o candidato da Renamo, Afonso Dhlakama, contabilizava, até ao momento em que falava ao nosso jornal, 22 mil votos anulados e, para as legislativas, a “perdiz” perdeu injustamente 23 mil votos, destacando-se a província de Manica com um total de 17 mil votos. O candidato do MDM, Daviz Simango, só a nível da cidade de Maputo, viu anulados 6 000 votos pelo mesmo esquema fraudulento (...) “Esta é, certamente, uma matéria de investigação para a Procuradoria-Geral da República. Podemos estar perante um crime eleitoral, onde os principais suspeitos podem ser os membros das mesas de voto, dado que é lá onde, em primeira instância, são manuseados os votos”, disse a fonte da CNE."
Adenda: aqui está mais um testemunho a mostrar a gravidade da situação eleitoral. Recordem-se os testemunhos do Boletim sobre o Processo Político em Moçambique da AWEPA/CIP e da própria Agência de Informação de Moçambique.
Adenda 2 às 15:47: talvez seja um exercício valioso analisar como, nesta semana, os órgãos de informação reagirão a esses testemunhos, em particular a partir de amanhã, anunciado dia da divulgação dos resultados oficiais.
Adenda 3 às 17:29: penso em como seria profícuo analisar o poder nos termos daquela enorme malha à Michel Foucault.
Adenda 4 às 21:11: o conteúdo do cabeçalho desta postagem foi aparentemente removido do "O País", acabo de verificar isso, comuniquei ao jornal. Eis o link original, reproduzido na íntegra:
http://www.opais.co.mz/opais/index.php?option=com_content&view=article&id=3130:votos-de-dhlakama-e-daviz-anulados-intencionalmente&catid=63:politica&Itemid=273
http://www.opais.co.mz/opais/index.php?option=com_content&view=article&id=3130:votos-de-dhlakama-e-daviz-anulados-intencionalmente&catid=63:politica&Itemid=273
Quando se clica na página, surge o aviso abaixo:
Isto é grave, muito grave mas também uma vergonha. Eu disse: UMA VERGONHA. E agora?
ResponderEliminarUm abraço
Vai ser uma opurtunidade... mais uma...
ResponderEliminarPra vermos quem 'e quem... na Media.
O que me preocupa e que depois de todos esses elementos de fraude, alguns virao e dirao: Houve problemas na transparencia e na justica do processo eleitoral, mas nao suficientes para por em causa a sua validade. E ai a coisa anda ou seja deixa-se andar. A coisa se repete e o deixa andar tambem se repete e depois, mais ninguem fala no assunto e o anormal se normaliza.
ResponderEliminarE preciso que a "sociedade civil" comece a fazer uso do seu direito (previsto pela constituicao) de ir para alem do oficial.
Vamos fazer uso da voz. Luther king dizia (minha leitura): O silencio dos capazes e que me inquieta. E mais alguem que nao me recordo dizia: A melhor arma do colonizador, e a mente do colonizado.
Carlos Quembo
Para quê curar o câncer se o corpo funciona "bem", não é verdade?
ResponderEliminarhttp://antropocoiso.blogspot.com/2009/11/tintada-eleitoral.html
ResponderEliminarNo problems rapaziada os jagunços de serviço vão dizer que é tudo invenção de malandrões ao serviço de interesses estrangeiros.
ResponderEliminarND
E agora?
ResponderEliminar"Intelectuais", académicos e outros actores do mundo do saber, mostrem à esse povo, que alguém chamou de "povo burro", que vocês ("intelectuais") têm um papel a desempenhar na nossa sociedade.
O partido Frelimo e seu candidato tem que mostrar que no compactuam com estas malandrices. Gostarimos de ver e ouvir o sr. Edson Macuacua a condenar estas malandrices. Seria muito didactico se o candidato da Frelimo se distancia-se publicamente e os seus autores responsabilizados. Nao se pode tolerar que uma meia duzia de "puxa-sacos"manchem a victoria da Frelimo e seu candidato. Provavelmente o que estes malandros pretendiam era mesmo isso, manchar o partido e seu cndidato. Isto pode provar que nao sao maos externas que tentam desestabilizar mas maos internas do partido no poder
ResponderEliminarLembram aqueles que sempre pregam que nao devemos falar em fraude? compreendem agora porquê? Levou tempo, né?
ResponderEliminarGMT
Se 23 mil votos nao influenciam no resultado nao sei o que tem que ser feito para se deizer que influencia. Isto sem falar dos votos enxidos. Se nao influencia por que e que fazem?
ResponderEliminarAté há indivíduos que não acham bem que detectar a fraude de Alberto Fujimori de Perú, foi um erro. A filmagem na Beira lhes incomoda. Assim o nosso Mocambique.
ResponderEliminarAssunto muito sério!
ResponderEliminarNao brinquemos com coisas sérias
A fonte da CNE que abordou a questao da "fraude" no jornal o País, que deve a cara!
Que apareça publicamente a apresentar as fraudes e a distanciar-se delas, nem que esse acto lhe custe a demissao do cargo
Nao deve existir fontes! mas sim depoimentos!
A frelimo sempre ganhou assim as eleiçoes!
ResponderEliminarPena que o Afonso Dlakhama deixou-se levar pela frelimo.....todos estes anos!
C.A
O Rei vai nú meus senhores!...
ResponderEliminarSe o País foi obrigado a revomove-lo, foi por em vão. Isso revela que quanto ao conteúdo nada estava a errado. Se fosse qualquer erro, o editor rectificava-o, publicando um outro artigo e pedindo desculpas aos leitores. Agora podemos só concluir que o País está sob pressão dos fraudulentos. Os algozes em accão???
ResponderEliminarEh,eh,eh...the show must go on!
ResponderEliminarUsar a forca, o disccriminio, pisar a lei, usar da imoralidade para se manter no puder, desperta nos outros o espirito de vinganca...
ResponderEliminarNthorro Cardoso