Outros elos pessoais

26 julho 2009

Psicologia dos produtores da pátria (7)

Vamos lá a mais um pouco da série, em pequenas gotas, ao meu jeito.
Lembram-se de que escrevi o seguinte no fecho do meu último número em relação às barreiras que moldaram o percurso dos produtores da pátria : "Portanto, três barreiras: a primeira, contra a formação de uma burguesia nacional do tipo empresarial; a segunda, contra a diversidade política e, portanto, contra a via capitalista; a terceira, contra os regimes citados, expressamente contra o racismo."
As duas primeiras são, naturalmente, produto natural da luta anterior a 1975. A terceira foi produto não menos natural do modelo de relações sociais que passaram, em suas sucessivas e desiguais experiências, a ritmar a vida do nosso país. Sem dúvida que esse modelo incomodou seriamente os regimes racistas e capitalistas de Salisbury e Pretória.
As três barreiras dotaram, em seus diversos momentos históricos, o grupo hegemónico dos produtores da pátria de três características: tenacidade, versatilidade e crença na insubstituabilidade histórica.
Nota: em qualquer momento posso alterar o que aqui deixo escrito. Se isso acontecer, surgirão a vermelho as partes alteradas e/ou acrescentadas. Seria muito bom que os leitores pudessem contribuir com outras leituras, criticando as que aqui são propostas.
(continua)

1 comentário:

  1. vai ser muito interessante ver como as mudancas foram desenhadas.

    afinal, hoje 2009, parece que somos capitalistas.

    embora do ponto de vista "teorico" o grupo hegemonico ainda seja socialista.

    entao como pusemos isso na HISTORIA? essa MUDANCA de virar CAPITALISTA e manter discurso SOCIALISTA? de se dizer que se esta a trabalhar para o POVO quando o CAPITAL passa todo a PRIVADO? quando investimos apenas no LUCRO PRIVADO e NADA no SOCIAL?

    qual foi o OBJECTIVO da MUDANCA? se existia algum?

    Cumprimentos
    Abdul Karim

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.