Parte inicial de uma reportagem com o título "Guebuza critica discursos saudosistas", inserta no semanário "Domingo" de hoje, p. 7.
Entretanto, recordemos um pouco o que, aqui e acolá, foi pesquisado e afirmado na imprensa sobre a qualidade do nosso ensino.
Parte de um trabalho divulgado em Agosto do ano passado: "Reconhecemos que a qualidade de ensino no país não respira boa saúde por isso queremos partilhar os problemas e obter subsídios de informação como forma melhorarmos o currículo”.
Outro trabalho do mesmo mês e ano: "Duas pesquisas separadas realizadas recentemente apontam para uma preocupante baixa de qualidade dos alunos das escolas moçambicanas, sobretudo os do ensino primário do primeiro e segundo ciclos. Um destes estudos foi compilado pelo Consórcio da África Austral para a Monitoria da Qualidade de Ensino (Southern África Consortium for Monitoring Educational Quality, SAMEQ).
De Outubro ano passado: "O Ministério moçambicano da Educação reconheceu que a qualidade do ensino ministrado nos estabelecimentos do país, sobretudo dos primeiros anos do ciclo primário, é insatisfatório."
De Fevereiro deste ano: "Segundo a Unicef, apesar dos progressos significativos para expandir o ensino em Moçambique, nos últimos anos, não se regista um investimento correspondente na qualidade da educação. Cerca de metade dos professores do ensino primário do 1° grau não tem formação profissional formal e introduziram-se turnos duplos ou triplos para lidar com a falta de salas de aulas e de professores."
Finalmente, há muitos trabalhos que podem ser consultados neste dossier do jornal "Notícias" (incluindo cartas de leitores), aqui.
"o rei vai nu"
ResponderEliminare nem quer saber.
acha que fica bem assim.
Todos esses investigadores, críticos, incluindo os funcionários seniores do Ministério de Educacão que concordam que a qualidade do nosso ensino está longe da desejável são saudosistas.
ResponderEliminarMas uma coisa seria importante se se fizesse um estudo ou uma coleccão de dados sobre onde os filhos dos nossos queridos governantes estudam. Em Mocambique ou fora do país? Se em Mocambique, nas escolas públicas ou privadas?
É tempo de sabermos o sentido dos discursos.
Guebuza precisa de "aterrar" (anda na Lua) e dar mais atenção às queixas que a população lhe faz, na ÂNSIA de uma solução.
ResponderEliminarTem que Interiorizar o que ouvi no Ile, do cidadão Arlindo Nazaré (Domingo, 24/Maio/09, pág.7)
Citação: "Papá Guebuza, não pode ver as pessoas concentradas aqui com camisetas bonitas com sua imagem estampada e pensar que está tudo bem aqui no Ile. É tudo montagem orquestrada mesmo a partir do Administrador. Os relatórios que lhe irão apresentar não reflectem a verdade".
Tem que procurar compreender as razões de em Mopeia se icendiarem casas de Professores e de Técnicos da Saúde, nacionais e estrangeiros (Domingo, 24/Maio/09, pág.8)
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Em pouco mais de 30 anos de Independência,deviamos comparar com o quê? Quando o governo nos seus discursos e avaliações das conquistas da Independência as compara com as condições deixadas/encontradas em 75 está também a ser saudosista? Este é um exemplo de manipulação clássica das consciências! Qualquer comparação que não sirva/defenda o discurso oficial é imediatamente estigmatizada...
ResponderEliminarVejam a qualidade do nosso ensino e a seriedade do trabalho no sector da educação estatal por este episódio:
ResponderEliminarHá dias, a televisão anunciou novos livros para a 8ª classe do ensino geral. No dia seguinte, ouvi este comentário de um dos meus colegas que tem um filho na 8ª classe da Escola Secundária Francisco Manyanga: "Mas será que me vão obrigar a comprar um novo conjunto de livros para o meu filho? Este ano (2009)comprei o conjunto de livros que a escola indicou logo no início do ano lectivo (pouco mais de 2.000,00 Mt no total). Menos de dois meses depois, tive de comprar um novo conjunto de livros porque afinal não eram aqueles que iam usar. Como estes que mostraram na televisão são também diferentes, será que me vão obrigar a comprá-los por serem estes os que vão passar a usar? Eu ainda tenho algumas possibilidades económicas, mas a grande maioria dos pais dos colegas do meu filho não tem!
Quem é responsável por estas situações? A Escola? O INDE? O MEC?
Pouco falta para a árvore(educação estatal) cair de podre. Nessa altura não haverá como esconder a cabeça.
ResponderEliminarEra bom que todos os políticos, independentementemente das cores partidárias, vissem o problema sem populismos e como prioridade nacional. É o pilar fundamental para um bem-estar mínimo das futuras gerações, é o futuro do país que está assustadoramente em jogo.
Guebuza devia dar mais entrevistas e fazer mais discursos das coisas que verdadeiramente lhe correm na alma!! Isso e' fundamental para vermos o tipo de presidente que temos!!
ResponderEliminarEle pensa que o pais vai bem! Qualquer critica e' mal vinda! Alguns ficaram a perguntar-se porque ele nada disse, quando aquela cidada zambeziana referiu que quem nao alinhasse com a "verdade oficial" e apresentasse alguma critica era logo rotulado de "renamista"! Precisa dizer mais alguma coisa!?
A arrogancia as vezes e' manifestacao de ignorancia exacerbada!!
Acho que o Presidente foi infeliz. Levantar o nacionalismo desta maneira acho no mínimo ridículo. Se não procurarmos soluções e nos compararmos com quem faz melhor (sem dizer que o colonialismo fazia melhor) ficaremos sempre na mesma... Se há problemas na Educação, na Saúde ou na Agricultura a solução é falarmos sobre eles e encontrarmos soluções. Se entendo bem o Presidente não gosta que as comparações sejam feitas com o que nos aconteceu no regime colonial. Mas ele tem que compreender que essa é parte da nossa história, quer ele goste ou não. E nós temos o colonialismo como referencia para o bem e para o mal. Por isso... Ele vai ter que lidar com isso. Ou então mandar calar ou fechar os ouvidos para não ouvir dos que ainda se lembram dessa realidade.
ResponderEliminarFacil